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Notícias / Vladimir Herzog

Instituto Vladimir Herzog repudia adesão de escola ao projeto de militarização de Tarcísio: 'afronta'

Escola que leva nome do jornalista assassinado por agentes da ditadura aparece em lista de instituições interessadas em programa de militarização

por Giovanna Gomes
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Publicado em 22/07/2024, às 12h19 - Atualizado às 20h05

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O jornalista Vladimir Herzog - Divulgação/Instituto Vladimir Herzog
O jornalista Vladimir Herzog - Divulgação/Instituto Vladimir Herzog

O Instituto Vladimir Herzog divulgou na última sexta-feira, 19, uma carta de repúdio contra a intenção da escola estadual homônima de aderir ao projeto de colégios cívico-militares do governo Tarcísio de Freitas.

A escola que leva o nome de Herzog — jornalista assassinado em 25 de outubro de 1975 por agentes da Ditadura Militar — aparece na lista de 302 instituições interessadas no programa de militarização a ser implementado a partir do ano que vem.

De acordo com o portal de notícias G1, na sexta-feira, o Ministério Público e a Defensoria de São Paulo pediram à Justiça que anule o regulamento da Secretaria Estadual da Educação.

Após a repercussão do assunto, a instituição optou por desistir da mudança, confirmou a Secretaria Estadual de Educação, conforme repercutido pelo Brasil de Fato.

Afronta inadmissível

Para a família de Herzog a decisão da instituição de ensino de aderir ao programa é uma "afronta inadmissível".

É uma afronta inadmissível a mera cogitação de que seja militarizada uma escola que leva o nome de Vladimir Herzog, jornalista brutalmente assassinado por agentes da ditadura civil militar instaurada em 1964. Tal projeto, de cunho autoritário e abominável, desrespeita e fere a história, o legado e os valores democráticos defendidos por Vlado em vida”, diz a nota.

“Em nenhum país verdadeiramente democrático, teríamos a associação – ainda que simbólica –, de um nome como o do jornalista Vladimir Herzog, a uma escola de ensino cívico-militar. Esse projeto de poder, que busca promover o apagamento da nossa história de violência, não prosperará enquanto verdade. Militares, que no passado perpetraram um golpe de estado e implementaram a censura no país, não devem ter lugar em nossas escolas. Não pouparemos esforços para impedir que esse projeto seja implementado na escola em questão”, afirmou o Instituto.