Combate às chamas fecha Dunas do Jalapão e turistas evacuam Lagoa da Serra em meio a arescente onda de queimadas no Tocantins
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 05/09/2024, às 19h00
Os incêndios florestais que assolam o Parque Estadual do Jalapão, um dos destinos turísticos mais populares do Brasil, levaram ao fechamento temporário das famosas Dunas do Jalapão.
A medida, anunciada pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), busca garantir a segurança dos visitantes enquanto brigadistas lutam para controlar o fogo que se espalha pela região.
A suspensão das visitas às Dunas, um dos cartões-postais do Jalapão, começou na quarta-feira, 4, e se estende por tempo indeterminado. O principal foco de preocupação é a queimada na vegetação da Serra do Espírito Santo, que intensificou os riscos para turistas e dificultou o acesso ao local.
Além das Dunas, outro ponto turístico icônico foi afetado pelos incêndios. Turistas que visitavam a Lagoa da Serra, em Rio da Conceição, foram obrigados a deixar o local às pressas quando as chamas se aproximaram.
A lagoa é parte do complexo das Serras Gerais e serve como um portal de entrada para o Jalapão, atraindo visitantes de diversas partes do mundo.
O aumento significativo nos focos de queimadas no Tocantins é alarmante. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que, só em agosto, os incêndios mais que dobraram em comparação ao mesmo período do ano anterior.
De janeiro até o início de setembro, o estado registrou 9.684 focos de queimada, um número que destaca a gravidade da situação.
Segundo o G1, para enfrentar essa emergência, o governo do Tocantins anunciou um investimento de mais de R$ 1 milhão para a contratação e treinamento de novos brigadistas.
Esses profissionais serão fundamentais no combate aos incêndios, que têm sido exacerbados por uma combinação perigosa de altas temperaturas, baixa umidade do ar e ventos fortes.
Com as chamas ainda fora de controle em várias áreas, autoridades e ambientalistas temem o impacto prolongado sobre o ecossistema local e o turismo, que é uma importante fonte de renda para a região.
