Inauguração de museu em Portugal busca memória de resistência na Ditadura salazarista
Fortaleza de Peniche, prisão política durante a ditadura, reabre agora com exposições ao público nesse 45º aniversário da Revolução dos Cravos
André Nogueira Publicado em 24/04/2019, às 12h00
A notória prisão portuguesa conhecida como Fortaleza de Peniche, localizada na cidade homônima no distrito de Leiria, reabre essa semana como Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, em homenagem aos perseguidos políticos da ditadura que tomou o século XX do país.
A notícia tinha sido veiculada no começo do ano, como promessa do governo português e agora reaparece novamente nas páginas dos jornais, como realidade. Há dois anos, o governo português propôs a reforma do complexo para transformá-lo em um hotel, o que provocou a ira dos moradores da região e sobreviventes do período ditatorial.
A fortaleza costeira, que remonta o século XVI, quando Portugal iniciava seu grande império ultramarino, foi utilizada pelo governo português do Estado Novo como prisão definitiva para prisioneiros políticos contidos por serem oposição ao governo do ditador Antônio de Oliveira Salazar, que comandou o país de 1934 a 1968, quando deixou o governo por motivos de saúde (o ditador morreu em 1970, mas desde 1968 o governo era chefiado por Marcelo Caetano, que caiu em 1974). Desde a década de 1980 o edifício é usado como uma espécie de museu e arquivo para materiais de paleontologia marinha e malacologia (estudo de moluscos).
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