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Notícias / Arqueologia

Humanos primitivos eram 'mestres da carpintaria', diz estudo

Uma arma de 300 mil anos surpreendeu os pesquisadores devido à quantidade de etapas empregadas em sua fabricação

Ingredi Brunato Publicado em 20/07/2023, às 16h52

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Fotografia de ferramenta de madeira milenar encontrada na Inglaterra - Divulgação/ Volker Minkus
Fotografia de ferramenta de madeira milenar encontrada na Inglaterra - Divulgação/ Volker Minkus

Um estudo da Universidade de Reading, situada no Reino Unido, publicou nesta quinta-feira, 20, um estudo na Plos One que tira uma curiosa conclusão a partir da análise de um grupo de armas de madeira com 300 mil anos de idade. 

Entre os artefatos examinados, está uma vara de arremesso de 77 centímetros com ponta dupla, foi feita de forma incrivelmente meticulosa, sendo raspada, temperada e lixada como parte de seu complexo acabamento:

Os humanos de Schöningen usaram um galho de abeto para fazer esta ferramenta aerodinâmica e ergonômica. A carpintaria envolveu várias etapas, incluindo cortar e descascar a casca, esculpindo-a em uma forma aerodinâmica, raspando mais da superfície, temperar a madeira para evitar rachaduras e empenamentos e lixar para facilitar o manuseio", explicou o Dirk Leder, o co-autor da pesquisa, conforme divulgou o Phys.org. 

Outro detalhe é que a arma, que era utilizada na caça de animais, teria sido usada repetidamente — em oposição, por exemplo a uma ferramenta que seria feita em grande quantidade para ser descartada rapidamente, como acontece com flechas. 

Foto de local da escavação/ Crédito: Divulgação/ Universidade de Reading 

Carpinteiros do passado

As surpreendentes habilidades dos fabricantes da ferramenta levaram os pesquisadores a especular que a carpintaria era mais presente nas populações humanas primitivas do que imaginávamos. 

Esses bastões de arremesso leves podem ter sido mais fáceis de lançar do que as lanças mais pesadas, indicando o potencial para toda a comunidade participar. Essas ferramentas poderiam ter sido usadas por crianças enquanto aprendiam a arremessar e caçar", apontou a líder do estudo, Annemieke Milks