Descoberto na década de 1930 na cidade de Harbin, na China, crânio do "Homem Dragão", é reconstituído digitalmente por designer brasileiro; confira!
Em 1933, foi descoberto durante a edificação de uma ponte sobre o rio Songhua, na China, o fóssil de um hominídeo bastante único, que ficaria conhecido como "Homem Dragão". E recentemente, o designer 3D brasileiro Cicero Moraes fez uma reconstrução da face a partir do crânio.
De acordo com a Revista Galileu, o traço que torna o hominídeo de 148 mil anos único é, além de sua impressionante idade, o fato de sua caixa craniana ser a maior de todos os humanos arcaicos já conhecidos.
Por isso, os pesquisadores pensaram se tratar de uma nova espécie, chamada Homo longi, derivado do termo 'Long Jiang' ('Rio dos Dragões', em português), muito utilizado na província de Heilongjiang, onde se encontra a cidade de Harbin, a qual ocorreu o achado. O recente trabalho foi publicado na última terça-feira, 28, na revista OrtogOnLineMag.
Na publicação, Moraes ainda explica como funciona a reconstrução facial forense (RFF), "uma técnica auxiliar de reconhecimento, que reconstrói/aproxima a face de um crânio e é utilizada quando há escassa informação para a identificação de um indivíduo a partir dos seus restos mortais", descreve.
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A primeiro momento, é feita uma deformação anatômica do crânio e, utilizando um software em 3D, uma modelagem é formada digitalmente. Além disso, também foi utilizado como referência um crânio completo de um Homo erectus, para reconstituir a mandíbula e alguns dentes que faltavam na caixa craniana. Por fim, para complementar os dados de tecido mole, utilizou a tomografia de um chimpanzé Pan toglodytes.
A partir disso, foram geradas duas aproximações. A primeira delas, mais simples, possui a pele cinza e nenhum pelo facial, sendo mais objetiva, visto que esses elementos não são possíveis de se saber com exatidão. A segunda, por sua vez, é colorida e "mais artística", com elementos especulativos da aparência daquele indivíduo.