O réptil já extinto vivia nas profundezas oceânicas, porém seus fósseis são encontrados na cordilheira do Himalaia. Entenda!
Uma equipe de pesquisadores chineses descobriram no Tibete, a 100 quilômetros da base do Everest, fragmentos fossilizados do chamado Himalaiassauro, um "monstro dos mares" que dominava a cadeia alimentar nas profundezas do oceano durante a Era Mesozóica.
O réptil pré-histórico, que era incrivelmente veloz e possuía um tamanho médio de dez metros de comprimento, existiu 210 milhões de anos atrás, tendo sua existência descoberta pelos arqueólogos em 1960.
Os fósseis descobertos naquela época estavam também na região do Himalaia — o que inspirou o nome do predador já extinto. Neste último achado, os vestígios da temível criatura marinha se encontravam a 4 mil metros acima do nível do mar, conforme o portal CGTN.
A princípio, a presença de restos fossilizados de um animal que habitava o fundo do mar em uma área apelidada de "o teto do mundo" pode causar confusão. É necessário lembrar, no entanto, que as rochas do Everest já estiveram no fundo oceânico, tendo sido propulsionadas para cima após uma colisão entre a placa tectônica Indo-Australiana e a Eurasiática há 200 milhões de anos, na época em que a Pangeia se fragmentava.
Os fósseis do Himalaiassauro descobertos recentemente incluiriam vértebras e costelas em bom estado de preservação, o que animou os especialistas responsáveis pelo estudo do achado, uma vez que ainda existem muitas lacunas em branco a respeito desse curioso réptil marinho.
Como o Himalaiassauro ficou tão grande? Que tipo de hábitos ele tinha? Com qual parte do globo ele estava mais intimamente relacionado durante seu tempo? Essas questões serão o foco de nossa pesquisa", explicou Wang Wei, pesquisador do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia de Vertebrados (IVPP), ainda de acordo com o CGTN.