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Notícias / China

Governo chinês incentiva a restauração de artefatos da Cidade Proibida

A Cidade Proibida, localizada no centro de Pequim, foi o palácio imperial da China desde a Dinastia Ming até o fim da Dinastia Qing

Redação Publicado em 27/02/2025, às 14h30

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Cidade Proibida - Getty Images
Cidade Proibida - Getty Images

A Cidade Proibida, localizada no centro de Pequim, foi o palácio imperial da China desde a Dinastia Ming até o fim da Dinastia Qing. Durante quase 500 anos, serviu como residência do imperador e centro político e cerimonial do governo chinês. 

Seu nome deriva da restrição de acesso: apenas o imperador, sua família e empregados autorizados podiam entrar no complexo, sendo considerada uma "cidade dentro da cidade". Durante séculos, qualquer pessoa que tentasse acessar o local sem permissão corria risco de execução. 

Em 1912, com o fim da dinastia e a queda do último imperador, Puyi, o palácio deixou de ser o centro do Império Chinês e, a partir de 1925, foi convertido em museu, repercute o South China Morning Post.

Desafios

Ao longo de sua história, os artefatos do museu enfrentaram múltiplos desafios. Durante a década de 1930, centenas de milhares de itens foram removidos para evitar a captura pelas forças invasoras japonesas.

Muitos outros foram levados para Taiwan pelos nacionalistas após sua derrota nas mãos dos comunistas, quando fugiram no final da Guerra Civil Chinesa em 1949. 

Em 1952, o museu formou uma equipe de conservação com artesãos descendentes da dinastia Qing, mas, durante a Revolução Cultural, nos anos 1960, muitos artefatos foram danificados ou destruídos pelos Guardas Vermelhos, que atacaram violentamente tudo o que consideravam parte da burguesia.

O governo de Mao Tsé-Tung chegou a cogitar a demolição da Cidade Proibida ou a construção de um imenso palácio no estilo soviético. No entanto, a instabilidade da época acabou preservando o complexo, que permaneceu fechado por um longo período. Anos após o fim da Revolução Cultural, em 1976, o palácio estava em estado precário, com grande parte das construções de madeira em ruínas.

Revitalização

Sob a liderança de Xi Jinping, a proteção e restauração da Cidade Proibida receberam forte impulso nos últimos anos, com o objetivo de preservar as relíquias históricas para futuras exibições projetar seu poder cultural no cenário global. Dos quase 2 milhões de artefatos mantidos pelo Museu do Palácio, apenas 10.000 estão em exibição, informou o site do local. 

De acordo com Ma Yue, chefe da seção de Conservação de Caligrafia e Pintura, a restauração exige uma atenção rigorosa. “Temos que confiar nos elementos originais, seja o suporte, os materiais, a paleta de cores e até mesmo seu envelhecimento", disse à AFP.

A inauguração de uma nova filial em Pequim, em outubro, aumentará o número de objetos restaurados e exibidos anualmente, de acordo com o museu. A coleção inclui pinturas, caligrafia, bronze, ouro, prata, cerâmica e têxteis, abrangendo quase todas as formas de arte chinesa, desde os tempos pré-históricos até a era moderna.