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Notícias / Astronomia

Galáxia morta mais antiga e distante é encontrada pelo James Webb

Descoberta surpreendente indica que algumas galáxias deixaram de formar estrelas muito antes do que se imaginava; entenda!

por Giovanna Gomes
ggomes@caras.com.br

Publicado em 12/04/2025, às 12h56

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A galáxia RUBIES-UDS-QG-z7 - Divulgação/NASA/CSA/ESA
A galáxia RUBIES-UDS-QG-z7 - Divulgação/NASA/CSA/ESA

Uma equipe de astrônomos, utilizando o Telescópio Espacial James Webb (JWST), identificou a galáxia "morta" mais distante — e, por consequência, a mais antiga — já registrada. A descoberta surpreende ao indicar que algumas galáxias deixaram de formar estrelas muito antes do que se imaginava.

Galáxias “mortas”, ou quiescentes, são aquelas que interromperam a formação estelar, o que impede seu crescimento. No caso desta nova galáxia recordista, chamada RUBIES-UDS-QG-z7, a luz viajou por 13 bilhões de anos até alcançar os instrumentos do JWST, revelando sua aparência como era apenas 700 milhões de anos após o Big Bang.

“Descobrimos uma galáxia que formou 15 bilhões de vezes a massa do Sol em estrelas e depois parou de formar estrelas antes que o universo tivesse apenas 700 milhões de anos”, explicou Andrea Weibel, do Departamento de Astronomia da Universidade de Genebra (UNIGE), em entrevista à Space.com.

De acordo com a LiveScience, a descoberta desafia as teorias atuais sobre a evolução galáctica. Os modelos existentes previam que pouquíssimas galáxias deixassem de formar estrelas tão cedo. No entanto, RUBIES-UDS-QG-z7 sugere que esse fenômeno pode ter sido mais comum do que se pensava — possivelmente exigindo uma revisão dos mecanismos físicos envolvidos no processo.

Estrelas antigas

Apelidadas de "Pequenos Pontos Vermelhos" nas imagens do JWST, essas galáxias são compostas predominantemente por estrelas antigas e vermelhas, sem as estrelas azuis jovens e brilhantes que caracterizam sistemas estelares ainda em crescimento.

Hoje, galáxias quiescentes são comuns perto da Via Láctea, o que é esperado em função da passagem do tempo e do esgotamento de gás estelar. Porém, encontrar uma galáxia já extinta tão no início do universo contraria essa lógica e levanta novas questões sobre a história cósmica e a dinâmica da formação estelar.