Análise de microfósseis revelou a origem da lápide mais antiga dos Estados Unidos, encontrada em Jamestown, em Virgínia
Uma nova descoberta arqueológica está reescrevendo a história da América colonial. Pesquisadores revelaram que a lápide mais antiga dos Estados Unidos, encontrada em Jamestown, Virgínia, tem origem europeia, mais precisamente na Bélgica.
A análise de microfósseis presentes no calcário da lápide indicou que a pedra foi extraída na Europa, e evidências históricas apontam para um próspero comércio de lápides na região.
A lápide, conhecida como "Lápide do Cavaleiro" devido às suas ornamentações, foi colocada na segunda igreja de Jamestown em 1627. Acredita-se que pertença a Sir George Yeardley, um dos primeiros proprietários de escravos na América. A aquisição de uma lápide tão elaborada naquela época era um sinal de riqueza e status, e indica a importância de Yeardley na colônia.
"Essas pedras são bastante pesadas, e a parte mais cara não é a pedra em si, mas os custos de transporte. Para mim, foi surpreendente que houvesse alguém tão rico que quisesse exibir sua riqueza e ser lembrado com uma proposta tão cara", disse Marcus Key no estudo do International Journal of Historical Archaeology.
A descoberta desta origem europeia para a lápide destaca a posição de Jamestown no comércio transatlântico e revela detalhes sobre os costumes funerários dos primeiros colonos. Para a época, era incomum encontrar lápides tão elaboradas, e a de George é um exemplo raro de como os mais ricos buscavam imortalizar sua memória.
Uma análise de DNA dos restos mortais encontrados em uma sepultura próxima à localização da lápide, que se acredita pertencer a Yeardley, está em andamento. Os resultados dessa análise poderão confirmar a identidade do proprietário da lápide e fornecer mais informações sobre sua vida.