Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Dinossauros

Evidências apontam que ancestrais do T. rex viveram em ilha há 167 milhões de anos

Estudo sobre dinossauros publicado recentemente na revista PLOS One analisou 131 pegadas encontradas em ilha escocesa

por Giovanna Gomes
ggomes@caras.com.br

Publicado em 03/04/2025, às 13h40

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Pegada encontrada na ilha de Skye - Divulgação/Tone Blakesley
Pegada encontrada na ilha de Skye - Divulgação/Tone Blakesley

Uma equipe de especialistas da Universidade de Edimburgo descobriu que a Ilha de Skye, conhecida por suas paisagens acidentadas e castelos medievais, já foi um ponto de encontro social para dinossauros há cerca de 167 milhões de anos. As evidências sugerem que enormes dinossauros carnívoros e herbívoros costumavam se reunir nas lagoas rasas de água doce da ilha.

Os pesquisadores analisaram 131 pegadas encontradas em Prince Charles's Point, na Península Trotternish. Entre elas, destacam-se marcas raras de megalossauros carnívoros — ancestrais do Tyrannosaurus rex — ao lado de pegadas de saurópodes herbívoros.

Segundo informações do portal Daily Mail, as impressões grandes e circulares indicam que os saurópodes eram dinossauros de pescoço comprido, com o dobro ou o triplo do tamanho de um elefante, enquanto os megalossauros tinham porte semelhante ao de um jipe.

Segundo a equipe, o local revela detalhes fascinantes sobre os comportamentos e preferências ambientais desses dinossauros do período Jurássico Médio. As trilhas multidirecionais e os passos sugerem que esses animais pré-históricos se aglomeravam nas margens da lagoa, assim como animais modernos ao redor de poços de água.

As pegadas indicam que, apesar da diferença de tamanho e dieta, tanto os terópodes carnívoros quanto os saurópodes herbívoros frequentavam as mesmas áreas alagadas, evitando regiões mais secas e expostas.

Hábitos

Tone Blakesley, líder da pesquisa, destacou que as pegadas oferecem uma visão inédita sobre os hábitos desses dinossauros em Skye, que aparentemente preferiam ambientes lagunares submersos a terrenos mais áridos. As primeiras pegadas foram descobertas há cinco anos por um estudante da universidade, mas novas descobertas tornaram o local um dos mais extensos da Escócia em registros de pegadas de dinossauros.

Para documentar o achado, a equipe usou um drone para capturar milhares de imagens sobrepostas, criando modelos 3D das pegadas por meio de fotogrametria. Steve Brusatte, paleontólogo da universidade, refletiu sobre a conexão entre história e pré-história no local, lembrando que Prince Charles's Point foi também o refúgio de Bonnie Prince Charlie em 1746, enquanto fugia das tropas britânicas.

Além dessa descoberta, no ano passado, cientistas encontraram na Ilha de Skye uma nova espécie de pterossauro chamada Ceoptera evansae, que viveu entre 168 e 166 milhões de anos atrás. Apesar de o esqueleto estar incompleto, ele oferece informações valiosas sobre a evolução e a diversidade desses répteis alados. O estudo foi publicado na revista PLOS One.