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Notícias / Viktor Orban

“Estúpido e perigoso”, diz Comitê de Auschwitz sobre falas de primeiro-ministro húngaro

Em discurso, Viktor Orban rejeitou uma sociedade com ‘misturas de raças’ e fez alusão às câmaras de gás usadas pelos nazistas

Fabio Previdelli Publicado em 26/07/2022, às 13h30

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Viktor Orban, primeiro-ministro da Hugria - Getty Images
Viktor Orban, primeiro-ministro da Hugria - Getty Images

Em visita à região romena da Transilvânia no último sábado, 23, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, discursou para a comunidade local, que conta com uma grande comunidade húngara. Em suas falas, ele reafirmou sua rejeição a uma sociedade ‘multiétnica’. 

Não queremos ser uma raça mista" que convive com "não-europeus", declarou Orban

“[Os países] onde coabitam povos europeus e não europeus não são mais nações. Esses países não passam de conglomerados de povos", completou o chefe de Estado húngaro, conhecido por discursos com esse teor. 

O Comitê Internacional de Auschwitz, porém, se mostrou "horrorizado" com as declarações de Orban sobre a mistura de raças. Nesta terça-feira, 26, em declaração transmitida à AFP, Christoph Heubner, vice-presidente da organização, chamou o discurso do húngaro de “estúpido e perigoso”, pois lembra os sobreviventes do Holocausto "dos tempos obscuros de sua própria exclusão e perseguição".

Além do mais, Christoph também fez um apelo à Karl Nehammer, chanceler austríaco que receberá Orban em Viena na próxima quinta-feira, 28, para se distanciar de tais críticas em nome da União Europeia. 

“[Devemos] fazer o mundo entender que o senhor Orban não tem futuro na Europa", cujos valores "ele conscientemente nega", completou. 

Mal-entendido?

Apesar das polêmicas, Zoltan Kovacs, porta-voz do Executivo húngaro, defendeu a fala de Viktor Orban, alegando que existiu "um mal-entendido" por "pessoas que claramente não entendem a diferença entre a mistura de diferentes grupos étnicos no judaísmo-cristianismo e a mistura de povos de diferentes civilizações".

Esta, porém, não foi a única declaração controversa do húngaro no dia. Ao criticar o plano de Bruxelas em reduzir em 15% o consumo de gás europeu, Orban fez uma alusão às câmaras de gás usadas pelos nazistas

Não vejo como eles podem forçar os Estados-membros a fazer isso, embora haja um conhecimento alemão neste domínio, como o passado mostrou", afirmou em tom de ironia.

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