Em comparação com outras espécies de mamíferos e aves, os pesquisadores concluíram que as estruturas possuíam condições raras
Uma equipe de paleontólogos, junto a engenheiros mecânicos e biomédicoa, publicou um estudo comparativo utilizando tomografias computadorizadas de ossos fossilizados de diversas espécies de dinossauros com ossos de mamíferos extintos e vivos, de maneira que avaliassem a forma que os ossos suportavam os altos pesos de seus corpos.
Utilizando teorias de falha de engenharia e escalas de alometria, os pesquisadores analisaram imagens digitalizadas de tíbias e fêmures de um troodontídeo, um caenagnatídeo, um ornitomimida, um terizinossauro e dois hadrossauros, comparando as estruturas ósseas com as de um cervo-rato Java, uma ovelha doméstica, um tigre siberiano, um rinoceronte branco, um elefante asiático e um mamute colombiano.
A conclusão para tamanha resistência óssea foi apontada pela trabécula — parte esponjosa formada no interior dos ossos — que, diferente dos mamíferos e pássaros, não aumenta de espessura junto ao desenvolvimento do corpo, mas aumenta sua densidade, de maneira que economize peso, facilitando a locomoção, mas também desenvolva rigidez.
O estudo, publicado na revista PLOS ONE, tem como autor principal o dr. Trevor Aguirre, pesquisador do Departamento de Engenharia Mecânica da Colorado State University, que acrescentou que a pesquisa tem m método pioneiro, sendo a primeira a chegar na conclusão: “Compreender a mecânica da arquitetura trabecular dos dinossauros pode nos ajudar a entender melhor o projeto de outras estruturas leves e densas”.