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Notícias / Estados Unidos

Estados Unidos: governo reabre caso centenário de massacre racista

Chacina ocorrida em 1921 em Oklahoma resultou na morte de 300 negros americanos; Justiça do país fará nova análise do ocorrido

Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 09/10/2024, às 16h15

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Criança em área segregada nos Estados Unidos - Wikimedia Commons
Criança em área segregada nos Estados Unidos - Wikimedia Commons

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos reabrirá, neste mês, as investigações do "Massacre de Tulsa", chacina racial que matou cerca de 300 pessoas negras em Oklahoma há mais de 100 anos.

A decisão foi comunicada pela procuradora-geral adjunta Kristen Clark nesta segunda, 7, e divulgada pela Reuters.

Em 31 de maio de 1921, um homem negro foi acusado de ter agredido uma mulher branca no bairro de Greenwood, em Tulsa. Isso desencadeou uma reação violenta que logo evoluiu para um massacre racial na região. À época, o local era conhecido como "Wall Street negra".

A investigação 

Conforme a procuradora em entrevista à agência, o objetivo da reabertura das investigações se resume a "finalizar os procedimentos de revisão e avaliação" do caso até o fim do ano. Clark ainda revelou suas expectativas para a conclusão do processo.

Quando concluirmos nossa revisão federal, emitiremos um relatório analisando o massacre à luz das leis de direitos civis modernas e da época"

A análise será conduzida com base na Lei de Crimes de Direitos Civis Não Resolvidos Emmett Till, que designa ao Departamento de Justiça o dever de investigar crimes de direitos civis que resultaram em morte, ocorridos até dezembro de 1979.

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Para tanto, a procuradora Clark afirmou que as investigações em curso se apoiam em documentos históricos, relatos de testemunhas e pesquisas acadêmicas sobre o massacre.