O ataque racista causou a morte de mais de 300 pessoas negras no distrito de Greenwood, em Tulsa, apelidado de a "Wall Street Negra"
Em junho deste ano, um trabalho arqueológico foi realizado em um cemitério ligado ao Massacre de Tulsa, episódio fatal ocorrido em 31 de maio e 1 de junho de 1921. No entanto, nada foi encontrado no local. Agora, as escavações foram retomadas e, finalmente, foi possível identificar um esqueleto.
Naqueles dois dias, pelo menos 300 pessoas negras foram mortas no distrito de Greenwood, em Tulsa, apelidado de a "Wall Street Negra", nos EUA. Moradores brancos da região e líderes da sociedade civil que saquearam e queimaram a cidade, usando aviões da Primeira Guerra para os ataques.
A arqueóloga Kary Stackelbeck, envolvida no projeto, afirmou que ainda não é possível dizer com certeza que os restos mortais encontrados eram de uma pessoa que foi morta no massacre. Há a possibilidade de ainda existir um segundo esqueleto pré-identificado no local.
“Temos um indivíduo confirmado e a possibilidade de um segundo. Ainda estamos em processo de análise desses restos com o melhor de nossa capacidade. ... Não temos muitos detalhes”, explicou Stackelbeck. “Ainda estamos analisando o que saiu da terra neste momento e, portanto, não, infelizmente, não fomos capazes de avaliar o trauma neste momento, ou potencial trauma”.
As escavações foram retomadas na segunda-feira, 20, e já no dia seguinte foi possível descobrir os ossos, a mais ou menos 90 centímetros abaixo do solo, encontrados dentro de um caixão de madeira.
O cemitério é alvo de constantes trabalhos arqueológicos porque os registros da funerária da cidade, muito próxima do local, indicam que foi ali que os restos mortais dos indivíduos mortos durante os ataques foram enterrados.