O massacre ocorreu em 1921, quando uma multidão branca invadiu e destruiu a comunidade negra de Greenwood, matando mais de 300 pessoas
Décadas após o Massacre de Tulsa, finalmente serão descobertas as vítimas do fatal episódio, que matou mais de 300 pessoas negras, em ataques racistas de 31 de maio e 1 de junho de 1921, no estado americano do Oklahoma.
Os mortos foram alvo de moradores brancos e líderes da sociedade civil, que saquearam e queimaram o distrito de Greenwood, em Tulsa, apelidado de a "Wall Street Negra". Os atacantes usaram aviões da Primeira Guerra Mundial, causando grande destruição.
As aeronaves dispararam projéteis, detonando empresas, casas e igrejas no distrito historicamente negro. Enquanto lá mais de 300 pessoas morriam, os sobreviventes dos ataques, por sua vez, foram forçados a entrar em campos de internação supervisionados por membros da Guarda Nacional.
Recentemente, pesquisadores e historiadores que investigavam o ataque racial tiveram os estudos interrompidos por conta da pandemia do novo coronavírus. No entanto, esta semana as escavações em busca dos restos mortais das vítimas foram retomadas.
O objetivo dos pesquisadores agora é abrir uma área de 6 por 3 metros. Serão usadas pás, espátulas e alguns utensílios mais leves para a retirada dos restos mortais. Na última segunda-feira, 13, uma retroescavadeira já moveu terra no Cemitério Oaklawn de Tulsa, onde anteriormente se detectou a presença de valas comuns.
Segundo informou a CBS News, o prefeito de Tulsa, GT Bynum, afirmou que nos anos após o massacre muitos líderes brancos da cidade se concentraram em realizar um "encobrimento" para esconder a verdade sobre os terríveis acontecimentos.
"Você teve gerações de pessoas que cresceram nesta comunidade... e nunca ouviram falar sobre isso", disse Bynum. "Sinto uma tremenda responsabilidade como prefeito em tentar encontrar essas pessoas. Isso é uma coisa básica que um governo da cidade deve fazer pelas pessoas."