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Notícias / Elizabeth Taylor

Elizabeth Taylor: em entrevista inédita, atriz reclama de título de 'símbolo sexual'

Entrevista inédita foi revelada no novo documentário "Elizabeth Taylor: as fitas perdidas", que estreia neste fim de semana em plataforma de streaming

por Giovanna Gomes
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Publicado em 02/08/2024, às 09h42

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Elizabeth Taylor - Wikimedia Commons/Dr Macro
Elizabeth Taylor - Wikimedia Commons/Dr Macro

Elizabeth Taylor, em 1964, já possuía um Oscar de melhor atriz por "Disque Butterfield 8" (1960) e tinha sido a primeira pessoa a receber um cachê de US$ 1 milhão por "Cleópatra" (1963). No entanto, a artista ainda sentia a necessidade de provar ao mundo que não era apenas uma estrela de cinema.

Esse sentimento é evidente na entrevista exibida em "Elizabeth Taylor: as fitas perdidas", documentário que estreou no Festival de Cannes em maio e chega amanhã à plataforma de streaming Max.

Dirigido por Nanette Burstein, o longa de 1h40min é baseado em 40 horas de conversas entre Taylor e o jornalista americano Richard Meryman (1926-2015), durante o auge da carreira da atriz.

De acordo com o portal O Globo, Meryman pretendia escrever um livro sobre Taylor, que nasceu em Londres em 1932 e, ainda criança, mudou-se para os EUA, onde começou sua carreira cinematográfica. Elizabeth Taylor faleceu em Los Angeles em 2011, aos 79 anos de idade, com dois Oscars de melhor atriz (o segundo por "Quem tem medo de Virginia Woolf?", de 1966).

"'Elizabeth Taylor: as fitas perdidas' tem esse nome porque as pessoas não sabiam da existência desse material" explicou a diretora ao O Globo. Após a morte de Meryman, sua esposa descobriu as fitas no sótão e as entregou ao espólio da atriz, que então contatou Burstein para criar o documentário.

Misoginia

No documentário "Elizabeth Taylor: as fitas perdidas", construído com imagens de arquivo e falas da atriz pós-1964, Liz abordou diversos temas sem reservas. Ela expressou a certeza de que seu primeiro Oscar foi um gesto de solidariedade devido a um grave problema de saúde recente, criticando o filme premiado como "vergonhoso". Além disso, reclamou de muitos filmes que fez e também da fama, afirmando não gostar de "pertencer ao público".

Porem, o mais incômodo para ela era a misoginia, presente tanto nos sets de filmagem quanto nas entrevistas. Na conversa íntima com o jornalista Richard Meryman, Taylor protestou contra a insistência dele em tratá-la como um sex symbol.

"Richard Meryman era um grande jornalista, mas perguntou sobre o tema mais do que coloquei no filme" diz Nanette. "Seria tão repetitivo que vocês não aguentariam quantas vezes ele questionou 'como você se sente sendo um símbolo sexual?' e ela disse 'nem sei o que é isso, não me vejo dessa forma, me vejo como uma atriz se esforçando para ser talentosa'".