As valas remontam a Guerra da Bretanha e apresentam características inusitadas dos combatentes mortos no conflito
Resultados de uma longa escavação na comuna de Rennes, na França, foram divulgados pela revista científica PLOS ONE. De 2011 a 2013 pesquisadores do Instituto Nacional de Investigação Arqueológica Preventiva (INRAP) escavaram duas valas comuns datadas do século 15, com pelo menos 30 esqueletos de soldados franceses.
Especialistas de diferentes universidades e áreas do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS) trabalharam em conjunto com o INRAP para identificar aspectos importantes sobre os cadáveres. De acordo com análises osteológicas, todos os mortos foram feridos fatalmente com facas.
As valas continham apenas esqueletos masculinos, principalmente de jovens que lutaram na Guerra da Bretanha (1487-1491). Os feridos apresentavam lesões distintas, indicando que o golpe mortal aconteceu na hora da morte ou momentos próximos a ela.
As feridas ainda apontaram que 3 ou 4 deles já haviam sido machucados antes, mas, por sorte, conseguiram deixar o corte cicatrizar. Além disso, a pesquisa mostrou que, devido a dieta alimentar de alguns dos combatentes, acredita-se que eles eram nobres ao invés de mercenários — muitos com raízes bretãs.
Uma das covas continha apenas soldados franceses — cerca de 28 — de classes sociais variadas. A conclusão mostra que uma pequena parte dos jovens vinham de diferentes regiões da Europa, como Aragão, Inglaterra e do Sacro Império Romano Alemão.
Descobertas arqueológicas milenares sempre impressionam, pois, além de revelar objetos inestimáveis, elas também, de certa forma, nos ensinam sobre como tal sociedade estudada se desenvolveu e se consolidou ao longo da história.
Sem dúvida nenhuma, uma das que mais chamam a atenção ainda hoje é a dos egípcios antigos. Permeados por crendices em supostas maldições e pela completa admiração em grandes figuras como Cleópatra e Tutancâmon, o Egito gera curiosidade por ser berço de uma das civilizações que foram uma das bases da história humana e, principalmente, pelos diversos achados de pesquisadores e arqueólogos nas últimas décadas.