Com uma mecânica semelhante à de outras redes, a ferramenta promete um canal direto entre o ex-presidente e seus apoiadores
Pouco depois da inesperada Invasão ao Capitólio, ocorrida em 06 de janeiro de 2021, o ex-presidente Donald Trump foi banido ou restringido de diversas redes sociais. Agora, meses mais tarde, o republicano lançou sua própria plataforma de compartilhamento.
Em março, o porta-voz de Trump, Jason Miller, anunciou à Fox News, que o empresário planejava criar uma plataforma digital que "redefiniria completamente o jogo". Foi assim que surgiu a ‘From the Desk’ (ou ‘Direto da escrivaninha', em tradução livre).
Abrigada no site oficial do ex-presidente, a nova rede social conta apenas com publicações feitas por Trump e não apresenta contagem de seguidores, mas permite compartilhamentos em outras redes — as mesmas que bloquearam o empresário.
Na última terça-feira, 04, inclusive, Trump publicou um vídeo promocional anunciando a plataforma. Nele, o ex-presidente afirma que a ‘From the Desk’ é um "farol da liberdade" em “tempos de silêncio e mentiras”. Ainda mais, o anúncio resume a nova rede social a um “lugar onde pode-se falar livremente e em segurança”.
Dessa forma, a ideia é que a ferramenta se torne um canal de comunicação direta entre Trumpe seus apoiadores ou aliados — que foi lançada um dia antes do Conselho de Supervisão do Facebook anunciar se irá seguir com o banimento do empresário.
Em seu Twitter, contudo, Jason Miller afirmou que "o site do presidente Trump é um grande recurso para encontrar suas últimas declarações e destaques de seu primeiro mandato, mas esta não é uma nova plataforma de mídia social", segundo o UOL.
Toda a richa entre o ex-presidente e as redes sociais começou após a Invasão do Capitólio, quando o Twitter afirmou que Trump teria incitado o episódio e acabou banindo-o permanentemente por "glorificação da violência".
Em seguida, outras plataformas se pronunciaram, optando por banir ou apenas restringir o acesso do empresário republicano. Além do Facebook, sites como o Instagram, Snapchat, YouTube, Twitch, Tik Tok e Pinterest também se posicionaram.
Nos Estados Unidos, as atitudes das plataformas geraram um grande debate. De um lado, pessoas contrárias às ideias do ex-presidente concordaram com o banimento, enquanto, do outro, apoiadores de Trump falaram sobre censura e controle de discurso.