A pastora foi condenada a 50 anos de prisão por ter sido a mandante da morte do marido, Anderson do Carmo
Nesta sexta-feira, 18, a defesa de Flordelis dos Santos de Souza deve apresentar ao Tribunal de Justiça do Rio um pedido para que a ex-deputada recorra em liberdade da condenação de 50 anos e 28 dias de prisão. Ela é acusada de ser a mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, morto a tiros em junho de 2019 na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Os advogados responsáveis pela ação alegam a existência de quatro nulidades no processo e, portanto, entrarão com um pedido de anulação do julgamento. Caso o Tribunal não acolha a solicitação, a defesa mudará a estratégia para a diminuição da pena de Flordelis e os recursos passam ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com Rodrigo Faucz, um dos advogados da ex-deputada, apesar do pacote anticrime ter possibilitado que as penas sejam cumpridas imediatamente, tal dispositivo é contrário à Constituição Federal. Na manhã do último domingo, a defesa lamentou a condenação, conforme repercutido pelo jornal "O Globo":
Infelizmente, apesar de não haver provas, Flordelis foi condenada pelo homicídio do marido. Entendo que a condenação foi indevida, eis que certamente se deu pela pressão da opinião pública formada desde o delito. Considerando que ocorreram diversas nulidades absolutas no decorrer do julgamento, informo que recorrerei da sentença, buscando que ocorra, futuramente, um julgamento justo. Entretanto, estamos muito satisfeitos com a absolvição de todos os crimes em que nossos outros clientes foram julgados".
Flordelis está presa desde 13 agosto do ano passado na penitenciária Talavera Bruce, no Complexo de Gericinó, por seu envolvimento com a morte do marido, Anderson do Carmo. Além dela, sua filha Simone dos Santos Rodrigues também foi condenada a 31 anos e quatro meses de prisão. A neta e dois filhos afetivos da ex-parlamentar foram absolvidos do caso.