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Coreia do Sul: População processa governo devido às mudanças climáticas

Audiência sobre o caso ocorre nesta terça-feira, 21, em esforços da população sul-coreana para conter mudanças climáticas; entenda!

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 21/05/2024, às 08h14 - Atualizado às 08h17

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Manifestante sul-coreana em protesto sobre mudanças climáticas - Getty Images
Manifestante sul-coreana em protesto sobre mudanças climáticas - Getty Images

Bebês, crianças, adultos e até mesmo um feto estiveram, recentemente, envolvidos em um processo contra o governo da Coreia do Sul por não fazer o suficiente no combate às mudanças climáticas. O que a população reclama é que as metas para redução de poluentes do país são consideradas muito fracas, e podem ameaçar o direito a um meio-ambiente mais saudável para as gerações futuras.

Uma audiência sobre o caso — que será a segunda e última — ocorre nesta terça-feira, 21. Porém, independente do resultado do processo, essa mobilização da população sul-coreana já representa um marco importante no país, segundo especialistas.

Se tivermos um precedente favorável na Coreia do Sul, acho que isso realmente será um gatilho para espalhar essa tendência", afirma à revista Nature o conselheiro jurídico do caso em Seul, Sejong Youn. "Isso enviará uma mensagem: todos os países precisam agir para enfrentar essa crise global, e não há exceções".

Vale mencionar que outros países já se mobilizaram de maneira semelhante, incluindo Estados Unidos, Canadá, Austrália, Índia e até mesmo aqui, no Brasil.

Processo

Conforme a Revista Galileu, o novo processo consiste em uma combinação de outros quatro processos anteriores, apresentados entre os anos de 2020 e 2023. O feto envolvido, mencionado anteriormente, foi incluído por seus pais na época, antes mesmo de ele nascer — atualmente, o bebê já possui um ano de idade.

Para Sejong Youn, seria ideal que uma decisão fosse tomada ainda este ano, antes de ocorrer a revisão dos planos climáticos da Coreia do Sul para as Nações Unidas, na Contribuição Determinada Nacionalmente (CDN). Atualmente, o governo planeja reduzir a emissão de gases de efeito estufa para, até 2030, 40% abaixo dos níveis registrados em 2018, o que é visto como insuficiente por especialistas.

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Isso porque, nesse ritmo, caso todos os países adotassem essa mesma quantidade, ainda seria registrado um aquecimento no planeta de até 3 °C ainda antes do início do século 22, o que ficaria em desacordo com o acordo climático de Paris, de limitar o aquecimento a bem abaixo de 2 °C.