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Notícias / Brasil

Atual presidente da Fundação Palmares não acredita em racismo e implora pelo fim do movimento negro

Com inúmeras declarações controversas, Camargo assume o cargo da entidade responsável por divulgar a cultura-afrobrasileira

Jânio de Oliveira Freime Publicado em 28/11/2019, às 11h26

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Na foto, Camargo o novo presidente da Fundação Palmares - Divulgação /Facebook
Na foto, Camargo o novo presidente da Fundação Palmares - Divulgação /Facebook

Sérgio Camargo, jornalista indicado para assumir o cargo de presidente da Fundação Palmares, nega que o Brasil sofra com o racismo e defende o fim do movimento negro.

O colaborador do novo governo chegou a falar que “Zumbi seria hoje um defensor de bandidos” e que “Marielle não era negra”. Atacando diversos personagens da luta de resistência ao racismo, chegou a dizer que “A música de Mano Brown não tem valor. Será cobrada no vestibular da Unicamp em pé de igualdade com Camões. Um absurdo esquerdopata”.

Mas não acabou com esses ataques. Camargo revelou o seu desejo para que “alguns pretos sejam levados à força para a África”. Segundo ele, Lázaro Ramos, Taís Araújo e Martinho da Vila deveriam ser enviados para o Congo. “E que fiquem por lá!”

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Em postagem no último 20 de novembro, Sérgio desmereceu o dia da Consciência Negra / Crédito: Divulgação

De acordo com O Globo, no último 15 de setembro, Camargo publicou em suas redes sociais que o Brasil sofria com um “racismo nutella”, diferentemente do “racismo real” dos EUA: “A negrada aqui reclama porque é imbecil e desinformada pela esquerda”.

No mês anterior, havia comentado que: “a escravidão foi terrível, mas benéfica para os descendentes”.

No dia seguinte à postagem do “racismo nutella”, ele publicou que o movimento negro deveria ser “extinto pois não há salvação”. No último 20 de Novembro, Sergio se dedicou a atacar o feirado da Consciência Negra nas redes sociais.

Pediu a extinção da celebração por causar “incalculáveis perdas à economia do país” e homenagear um “falso herói dos negros”. Para ele, o feriado serve para “preto babaca”, “idiota útil a serviço da pauta ideológica progressista”.