A denúncia na região habitada pelos Yanomamis foi averiguada de perto pela Polícia Federal nos últimos dias
A comunidade indígena Yanomami, natural de Aracaçá, em Roraima, acordou completamente destruída na última sexta-feira, 29. Palco de denúncias após um suposto estupro de uma garota indígena de 12 anos causado por um grupo de garimpeiros, a terra demarcada esvaziou e foi substituída por pedaços de madeira, encontrados com sinais recentes de queimada pela Polícia Federal.
Durante a semana, os agentes do órgão de segurança foram até o local juntos de representantes da Funai e do Ministério Público Federal (MPF). Apesar dos protestos, eles divulgaram em nota conjunta na última quinta-feira, 28, apontando que não há indícios de crime de homicídio e estupro.
Eles também não localizaram sinais de morte de uma outra criança que teve o desaparecimento notificado, supostamente após ter sido atirada no rio por um garimpeiro.
As autoridades, contudo, seguem trabalhando para compreender o motivo da denúncia, que inicialmente foi divulgada pelo presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kwana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami.
Na última segunda-feira, 11, o Ministério Público Federal (MFP) entrou com um novo pedido na Justiça para que a União volte a proteger a Terra Indígena Yanomami de operações policiais e garimpos ilegais.
O caso acontece logo após a divulgação de uma denúncia realizada por uma associação local. Segundo a instituição, mulheres e meninas indígenas foram vítimas de abuso sexual. Como de ‘moeda de troca’ por comida, garimpeiros exigiam que elas tivessem relações sexuais com eles.