Ao rejeitar a ideia de "ficar quieto e ser covarde", o general teria caído no desfavor de seus superiores
Ivan Popov, um major-general russo, relatou recentemente através de uma mensagem repercutida nas redes sociais que foi demitido após ser vocal a respeito dos problemas enfrentados pelas tropas enviadas pelo Kremlin para invadir a Ucrânia.
No discurso do militar, que foi publicado na noite da última quarta-feira, 12, ele revelou suas experiências negativas no front de batalha, onde comandava o 58º Exército de Armas Combinadas. Entre elas, estaria a falta de munição e de atendimento médico apropriado para os feridos.
Sua decisão de "falar as coisas como elas são" em vez de "ficar quieto e ser covarde", em suas palavras, não teria sido bem vista pelos seus superiores, conforme relatou Popov na mensagem de áudio, e repercutido pelo The Guardian.
Devido a isso, os anciões provavelmente sentiram algum perigo em mim e instantaneamente, em um dia, fizeram um pedido ao ministro da defesa e se livraram de mim", acusou o militar.
Embora não tenha dito seu nome propriamente, Popov teria aparentado criticar o líder das Forças Armadas da Rússia, Valery Gerasimov.
Como muitos comandantes de regimentos e divisões disseram hoje, nosso exército não foi derrotado pela frente, mas nosso comandante mais antigo nos atingiu pelas costas, decapitando traiçoeiramente o exército no período mais difícil”, disse ele.