Agora, as autoridades de Hong Kong investigam quem está por trás de fraude milionária realizada via inteligência artificial
Na última sexta-feira, 2, as autoridades de Hong Kong receberam a denúncia de um golpe milionário. Com a ajuda da inteligência artificial (IA), criminosos simularam uma videoconferência com executivos de uma multinacional e roubaram US$ 26 milhões, cerca de R$ 130 milhões.
Segundo as autoridades, os golpistas entraram em contato com um funcionário do departamento financeiro da multinacional e se passaram pelo diretor financeiro da empresa, supostamente baseada no Reino Unido, com a ajuda de vídeos e áudios públicos mixados para a criação das falsificações, também conhecida como deepfake.
Conforme repercutido pelo portal Terra, a polícia local continua investigando o ocorrido, nenhum suspeito foi preso e o nome da empresa que sofreu o prejuízo não foi divulgado.
Deepfakes utilizam inteligência artificial para gerar vídeos ou áudios falsos, mimetizando de maneira realista a aparência e a voz de indivíduos reais. Nas mãos dos criminosos, essa tecnologia convenceu as vítimas a realizar transferências monetárias para contas bancárias dos golpistas.
Neste caso, as deepfakes foram pré-gravadas, aumentando a complexidade do golpe e tornando mais desafiadora a detecção da fraude. Em nota, a polícia de Hong Kong apontou que todos os indivíduos que participaram da chamada de vídeo eram impostores, com exceção da vítima.
Assim, especialistas chamam atenção para a desinformação e o mau uso que acompanha tecnologias como a inteligência artificial. Além disso, é importante ressaltar que até agora não existe nenhuma ferramenta tecnológica capaz de acabar com o problema em sua totalidade.