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Notícias / China

China envia tijolos ao espaço a fim de testar viabilidade de construção de base lunar

O foguete Tianzhou-8 foi lançado do centro de lançamento de Wenchang, no sul da China, levando a bordo tijolos de diferentes composições

por Giovanna Gomes
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Publicado em 16/11/2024, às 13h39

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Foguete de carga foi lançado na última sexta - Divulgação/Xinhua
Foguete de carga foi lançado na última sexta - Divulgação/Xinhua

A China enviou um foguete à estação espacial Tiangong na noite desta sexta-feira, 15, com uma carga inusitada: amostras de tijolos. O objetivo é testar se materiais fabricados com o solo lunar poderiam ser usados para construir uma base permanente na Lua. A missão faz parte do ambicioso plano chinês de enviar humanos ao satélite até 2030 e estabelecer uma base lunar até 2035.

De acordo com a agência estatal Xinhua, o foguete Tianzhou-8 foi lançado do centro de lançamento de Wenchang, no sul da China. Entre os itens a bordo estão tijolos de diferentes composições, que serão expostos ao ambiente espacial extremo para avaliar sua durabilidade.

"Colocaremos os tijolos fora da estação espacial e os deixaremos expostos aos elementos para ver se o desempenho deles se deteriora ou não", explicou Zhou Cheng, professor da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, cujo grupo desenvolveu os tijolos. De acordo com informações do portal Tilt, do UOL, ele destacou que os materiais devem resistir a condições severas, como temperaturas que variam de -190 ºC a +180 ºC, radiação cósmica e micrometeoritos.

Tijolos de basalto

Os tijolos, feitos de basalto, foram inspirados no solo lunar trazido pela sonda chinesa Chang’e 5. Eles são três vezes mais resistentes que os tijolos comuns e foram projetados para se encaixarem sem a necessidade de argamassa, um recurso que seria difícil de usar na Lua.

Além disso, a equipe desenvolveu um robô de impressão 3D para construir estruturas lunares. "O objetivo no futuro é utilizar recursos in loco, como o solo lunar, para realizar diferentes tipos de construções", afirmou Zhou Cheng.

A iniciativa chinesa, parte do projeto Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), é uma colaboração com a Rússia e conta com a participação de países como Venezuela, Tailândia e Paquistão.