A OceanGate foi a responsável pela expedição em que um submersível implodiu
Redação Publicado em 23/06/2023, às 18h51
StocktonRush, o CEO da OceanGate, empresa responsável pelo submersível que foi alvo de uma implosão em alto mar nesta semana, recebeu diversos alertas acerca da segurança do transporte, porém os mesmos foram ignorados. Vale destacar que o CEO era um dos tripulantes da embarcação que visava visitar os destroços do Titanic.
Segundo informações da BBC, esses alertas estavam presentes em e-mails que Stockton e um importante especialista em exploração em alto mar, Rob McCallum, trocavam. Em uma das mensagens obtidas pelo veículo, Rob relatou para o CEO que ele precisava parar de usar o submersível até que o transporte passasse por uma avaliação em um órgão independente. Além disso, McCallum notificou que Rush estava colocando seus passageiros em risco.
Em resposta, o CEO teria respondido que estava "cansado de gente da indústria que tenta usar argumentos de segurança para impedir a inovação". O especialista na causa foi ameaçado de ser processado pelos advogados da empresa que Rush colabora.
Em uma das trocas de mensagens entre os dois, McCallum escreveu: "Até que um submarino seja classificado, testado e certificado, ele não deve ser usado para operações comerciais de mergulho profundo", se referindo ao fato do transporte nunca ter tido uma avaliação ou certificação por autoridades, ou órgãos independentes.
O especialista ainda disse: "Imploro que tomem todo o cuidado em seus testes e testes no mar e sejam muito, muito conservadores", e completou: "Por mais que eu aprecie o empreendedorismo e a inovação, você está potencialmente colocando todo um setor em risco."
