O artefato estava em bom estado de conservação, mas sua inusitada localização ainda intriga os pesquisadores
No fundo do Rio Dniepre, na expansão localizada no Parque Nacional Khortytsia, parte do sítio histórico de Zaporizhzhia, Ucrânia, uma equipe de pesquisadores encontraram uma carruagem de canhão em bom estado de preservação. A informação foi divulgada pelo jornal Euromaidan Press.
Datado do período cossaco, séculos 16 a 18, o equipamento foi descoberto a uma profundidade de nove metros. Os hidroarqueólogos responsáveis pelo achado foram liderados por Valeriy Nefedov, o chefe do Departamento de Restauração da Reserva Nacional Khortytsa.
Em um comunicado, Maksym Ostapenko, diretor da Reserva Nacional Khortytsia, explicou alguns detalhes sobre a impressionante carruagem: “O objetivo era transportar artilharia de grande calibre, pesando cerca de 2 a 3 toneladas. Este é um achado sensacional, porque, nos 40 anos de arqueologia subaquática, tais objetos nunca foram encontrados perto da Ilha de Khortytsia. Além disso, que eu saiba, nenhuma carruagem desse período é exibida em museus ucranianos. Centenas de armas sobreviveram, mas não há tantos carrinhos de armas, mesmo em museus europeus”.
Apesar de ter sido descoberta em 23 de novembro, apenas agora os pesquisadores encontraram a maneira certa de retirá-la de dentro da água sem danificar suas partes. O próximo passo é realocar a carruagem para o Museu da Navegação, onde será limpa e restaurada.
Ostapenko ainda explicou sobre a localização inusitada do artefato, que ainda intriga os estudiosos: “É muito difícil dizer por que e como a carruagem acabou aqui. Os territórios próximos à Ilha Khortytsia viram a passagem de muitos grandes exércitos e navios. Talvez esta carruagem tenha pousado no fundo do rio após um naufrágio. Antes de serem transportadas por água, as carruagens costumavam ser desmontadas. Não conseguimos encontrar as rodas em nenhum lugar da água. Esta carruagem de canhão é verdadeiramente um achado único!”.
Sobre arqueologia
Descobertas arqueológicas milenares sempre impressionam, pois, além de revelar objetos inestimáveis, elas também, de certa forma, nos ensinam sobre como tal sociedade estudada se desenvolveu e se consolidou ao longo da história.
Sem dúvida nenhuma, uma das que mais chamam a atenção ainda hoje é a dos egípcios antigos. Permeados por crendices em supostas maldições e pela completa admiração em grandes figuras como Cleópatra e Tutancâmon, o Egito gera curiosidade por ser berço de uma das civilizações que foram uma das bases da história humana e, principalmente, pelos diversos achados de pesquisadores e arqueólogos nas últimas décadas.