Brasileiro é feito de prisioneiro de guerra pela Ucrânia ao ser capturado enquanto lutava ao lado do éxército russo
Um brasileiro está sendo mantido como prisioneiro de guerra pela Ucrânia após ser capturado enquanto lutava ao lado do Exército russo, revelou o site Metrópoles.
A família do prisioneiro em questão afirmou que ele foi alistado contra sua vontade. Em agosto, eles procuraram a Embaixada do Brasil em Moscou, alegando que o homem foi coagido a se tornar soldado e enviado para a linha de frente, onde acabou sendo capturado. A identidade do brasileiro não foi divulgada por razões de segurança.
O prisioneiro tentou explicar às autoridades ucranianas que foi enganado com uma falsa promessa de emprego.
"Ele afirma que não iria lutar, pois foi recrutado como funcionário por uma empresa russa e estava indo à Rússia para trabalhar, não para a guerra. Mas foi levado ao front como bucha de canhão", afirmou Petro Yatsenko, representante da Coordenação para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra da Ucrânia, ao Metrópoles.
Diplomatas brasileiros confirmaram a informação ao site. Fontes próximas ao caso revelaram que a Ucrânia não notificou oficialmente a embaixada brasileira em Kiev sobre a prisão.
A relação entre Brasil e Ucrânia tem se deteriorado desde o início da guerra. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky tem cobrado publicamente um posicionamento firme do presidente brasileiro Lula (PT) desde que este assumiu o governo.
No entanto, o Itamaraty tem adotado uma postura de neutralidade, pedindo uma "solução pelo diálogo", o que tem irritado o líder ucraniano.