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Notícias / Guerra Ucrânia

Rússia: Condenado por assassinato é libertado para lutar contra a Ucrânia

Ivan Rossomakhin estuprou e matou uma idosa de 85 anos após retornar pela primeira vez da guerra em 2023

Redação Publicado em 26/08/2024, às 19h33

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Imagem ilustrativa das tropas russas - Getty Images
Imagem ilustrativa das tropas russas - Getty Images

Um homem condenado por estuprar e assassinar uma idosa de 85 anos foi libertado pela Justiça russa após se alistar para lutar na guerra na Ucrânia. Ivan Rossomakhin, que já havia sido liberado da prisão para integrar a milícia Grupo Wagner em 2022, não havia cumprido nem seis meses da sentença de 23 anos.

Segundo o grupo de defesa dos direitos humanos Trauma Point, Rossomakhin, de 29 anos, assinou um contrato com o Ministério da Defesa para se integrar às Forças Armadas na Ucrânia e já deixou a Colônia Penal n.º1 na região de Kirov. Em abril, ele havia sido condenado a 22 anos de prisão por matar e estuprar uma mulher de 85 anos em março do ano anterior.

Conforme repercutido pelo jornal O Globo, Rossomakhin já era um velho conhecido da Justiça: em 2020, ele foi condenado a 14 anos de prisão por latrocínio e estava cumprindo sua pena quando recebeu a proposta feita inicialmente por Yevgeny Prigozhin, fundador do Grupo Wagner (falecido em 2023), para que os detentos se juntassem à milícia em troca da liberdade. 

Essa oferta surgiu em um momento em que Moscou buscava desesperadamente reforçar seu contingente militar, diante de um cenário que indicava uma guerra sem perspectiva de término próximo. Em 2022, Rossomakhin assinou um contrato com o grupo armado e foi lutar na Ucrânia.

O assassinato e o estupro da idosa ocorreram poucos dias após seu retorno das linhas de frente para a vila onde morava, nos arredores de Kirov. O caso gerou tanta repercussão que Prigozhin foi obrigado a se manifestar. Na ocasião, ele se comprometeu a colaborar com as autoridades em processos contra seus paramilitares e sugeriu enviar “um grupo de recrutamento para os reincidentes violentos que os enviará para a linha de frente, onde deverão descarregar a sua raiva”.

Soldados

Desde 2022, levantamentos indicam que muitos detentos que aceitam servir no Grupo Wagner ou nas tropas regulares frequentemente voltam a cometer crimes violentos ao serem liberados das zonas de combate. De acordo com uma pesquisa do portal Meduza, entre o início da guerra e agosto de 2023, houve 174 incidentes desse tipo, incluindo agressões, roubos à mão armada, estupros e assassinatos.