Livro sobre Teresa Cristina irá receber nova edição após "Nos Tempos do Imperador"
Casada com Dom Pedro II e a última imperatriz do Brasil, até a Proclamação da República em 1889, Teresa Cristina de Bourbon tem sido uma figura proeminente na mente do público nos últimos meses. Tudo isto devido à novela da emissora Globo, “Nos Tempos do Imperador”, que começou a passar em agosto deste ano, 2021.
Este interesse intenso pela ex-imperatriz resultou em uma procura inesperada por uma biografia da personagem histórica, que é interpretada pela atriz Letícia Sabatella. O livro “Teresa Cristina de Bourbon: Uma Imperatriz Napolitana nos Trópicos 1843-1889” foi escrito por Aniello Angelo Avella e vai receber uma nova edição, devido às vendas.
Lançado em 2014 pela editora EdUERJ, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, o livro conta a história da imperatriz Teresa Cristina e disserta mais sobre suas heranças italianas, inclusive conectando elas à cultura brasileira, como diz a descrição do livro.
Mais do que tecer uma biografia da terceira e última imperatriz do Brasil, o autor procura mostrar como a soberana foi fundamental para a construção das identidades nacionais da Itália e do Brasil, especialmente por meio do apoio à política de migração italiana no final do século XIX, momento em que a escravidão brasileira era abolida e a necessidade de mão de obra livre aumentava".
Enquanto preparava-se para o papel, inclusive, Letícia Sabatella leu o livro e falou sobre a obra nas redes sociais, baseando parte da performance na forma que “Teresa Cristina de Bourbon: Uma Imperatriz Napolitana nos Trópicos 1843-1889” pinta a última imperatriz.
A atriz também afirmou, nas suas publicações, que a história da última imperatriz do Brasil foi apagada da consciência popular, já que a história de nosso país sempre foi contada com foco nas figuras masculinas, listando até o caso de Maria Leopoldina, tema de uma obra brilhante escrita por Paulo Rezzutti.
Tem muitas histórias pra gente descobrir, pra contar, dessa imperatriz que foi injustamente apagada da história, como muitas mulheres. Porque a história era contada apagando as mulheres. Como foi com a Leopoldina, também não seria diferente com a Teresa Cristina. E ainda hoje temos muito a mudar sobre isso".