Marina Litvinovich, ativista de Moscou, havia pedido que os russos fizessem manifestações contra a invasão à Ucrânia
Uma ativista foi detida nesta quinta-feira, 24, na Rússia após convocar protestos contra a guerra depois de o país iniciar uma operação militar responsável por invadir e atacar a Ucrânia.
Marina Litvinovich, ativista de Moscou, informou a detenção por meio do aplicativo do Telegram. A informação foi confirmada mais tarde pela agência de notícias Reuters, que conseguiu se comunicar com ela separadamente.
"Fui detida ao sair de casa", escreveu Litvinovich.
A ativista havia solicitado que russos se reunissem em manifestações em diferentes cidades ao redor do país com o intuito de protestar contra a guerra, temida após os ataques realizados pelo governo da Rússia ao território vizinho.
Após semanas de tensão entre a Rússia e a Ucrânia, o presidente russo Vladimir Putin iniciou o que chamou de 'operação militar especial' da Rússia na Ucrânia, como repercutiu a Fox News nesta quinta-feira, 24.
De acordo com o veículo internacional, através de um pronunciamento, o presidente da Rússia disse que o confronto com as forças ucranianas é 'inevitável'.
Tomei a decisão de conduzir uma operação militar especial. Nossa análise concluiu que nosso confronto com essas forças (ucranianas) é inevitável".
Putin, que descreve a ação como uma resposta a supostas 'ameaças da Ucrânia', mandou recado para nações que tentarem intervir na 'operação'.
"(...) Algumas palavras para aqueles que seriam tentados a intervir: a Rússia responderá imediatamente e você terá consequências que nunca teve antes em sua história", disse ele.
Segundo levantamento preliminar da Polícia Nacional e o Serviço de Guarda de Fronteiras da Ucrânia, até o momento, ao menos 63 pessoas morreram, entre civis e militares, após a invasão. Além do mais, ao menos 20 militares foram feridos nas cidades Nikolaev, Berdyansk, Skadovsk, Myrhorod e Odessa.