Arqueólogos dinamarqueses encontraram um depósito com mais de 100 armas enterrado sob a casa de um chefe da Idade do Ferro
Arqueólogos dinamarqueses encontraram um depósito com mais de 100 armas enterrado sob a casa de um chefe da Idade do Ferro. Datada de 1.500 anos, a coleção — grande o suficiente para armar um pequeno exército — pode ter sido um "sacrifício" ou uma oferta.
O depósito foi encontrado durante a ampliação de uma rodovia em agosto, em Løsning Søndermark. As armas de metal estavam enterradas sob duas casas do início do século V, possivelmente pertencentes a um chefe capaz de reunir um exército.
Como as armas foram intencionalmente enterradas durante a demolição das casas, acredita-se que foram sacrificadas após uma vitória em guerra. Entre os itens, estavam 119 lanças, arpões, oito espadas, cinco facas, um machado e uma rara cota de malha.
Desde as primeiras pesquisas, sabíamos que isso seria extraordinário, mas a escavação superou todas as nossas expectativas. O grande número de armas é surpreendente, mas o que mais me fascina é o vislumbre que elas fornecem da estrutura social e da vida diária da Idade do Ferro. De repente, nos sentimos muito próximos das pessoas que viveram aqui há 1.500 anos”, destacou Elias Witte Thomasen, arqueólogo e líder de escavação do Museu Vejle, em comunicado.
Segundo o Live Science, exemplares de cota de malha da Idade do Ferro são raros no sul da Escandinávia, e a de Løsning é a primeira recuperada de um assentamento, em vez de um túmulo. Essa armadura, cara e trabalhosa de produzir, provavelmente pertencia ao chefe, segundo os arqueólogos.
Além das armas, foram encontrados fragmentos de dois colares de bronze conhecidos como "anéis de juramento", símbolos de poder na Idade do Ferro, reforçando a influência do chefe. A equipe também localizou fragmentos de um freio de cavalo e de um berrante, além de outros objetos de ferro e bronze que ainda serão analisados.
Embora o depósito esteja claramente ligado à casa de um chefe da Idade do Ferro, os arqueólogos ainda não sabem se os objetos pertenciam a guerreiros locais ou foram coletados como espólios de guerra.
Segundo o comunicado, os pesquisadores seguirão com a análise do local e do sacrifício de armas para aprofundar o entendimento sobre os guerreiros e a sociedade da Idade do Ferro.