Embora a série "A Imperatriz" e seus personagens sejam inspirados em figuras reais, boa parte da trama é completamente ficcional
A série “A Imperatriz”, da Netflix, estreou recentemente sua segunda temporada. Baseada na vida real da imperatriz Elisabeth da Áustria – também conhecida como Sissi –, a produção foca nos primeiros anos de sua vida adulta, especialmente no casamento com Franz Joseph e nas dificuldades na corte vienense.
Embora a série e seus personagens sejam inspirados em figuras reais, boa parte da trama é completamente ficcional. As adaptações feitas na história de Elisabeth contribuíram para tornar o enredo mais envolvente, mesclando fato e ficção. Com isso em mente, confira cinco imprecisões históricas ao longo da segunda temporada.
A Condessa Leontine Apafi, uma das personagens de "A Imperatriz", não existiu na vida real. Na série, Ava, membro da rebelião, mata a verdadeira Condessa Apafi e assume sua identidade para se infiltrar na corte de Elisabeth.
No entanto, não há registros históricos que indiquem que a Condessa Apafi tenha sido dama de companhia da imperatriz. Embora existisse um príncipe da Transilvânia chamado Mihaly Apafi, os Apafi reais não são mencionados na série, repercute o site Screen Rant.
A personagem foi retratada como confidente de Elisabeth, ajudando-a em momentos difíceis. Apesar de fictícia, a Condessa Apafi desempenhou um papel importante na trama, ao destacar a rebelião e a situação do povo austríaco, além de contribuir para o arco de Alexander von Bach.
Na segunda temporada, Maximiliano se apaixona pela princesa Charlotte da Bélgica. Na série, durante sua viagem para encontrar Napoleão III em Paris, ele conhece Charlotte, que o acompanha até a França após seu trem quebrar. Eles se apaixonam durante a viagem e passam um tempo juntos, ficando noivos e casando com a bênção de Franz Joseph.
Contudo, os relatos históricos indicam que o encontro entre eles aconteceu em Bruxelas, não em um trem. Após a reunião com Napoleão, Maximiliano foi chamado de volta a Viena, mas fez uma parada em Bruxelas, onde conheceu Charlotte em um baile de corte. Ele se apaixonou por ela e, mais tarde, a pediu em casamento, celebrando o matrimônio no Palácio Real de Bruxelas, informa o Museo Storico E Il Parco Del Castello Di Miramare.
Quando a princesa Charlotte conheceu Maximiliano, ela se encantou com seu charme, inteligência e humor. Conforme a série, embora tivesse sentimentos por ele, ela hesitou em se casar com Maximiliano. Isso porque a princesa estava prometida ao rei de Portugal, Pedro V, mas ainda não havia aceitado sua proposta. Após refletir sobre qual pretendente seria mais adequado, ela optou por casar-se com Maximiliano.
Nesse sentido, "A Imperatriz" sugere que a princesa rejeitou a proposta de Pedro V em favor de Maximiliano, o que não é correto. Quando Charlotte tinha 16 anos, dois pretendentes, o príncipe Jorge da Saxônia e o rei Pedro V, a cortejaram, mas ela rejeitou ambos. Segundo os registros históricos, Charlotte já havia decidido não se casar com Pedro V antes de conhecer Maximiliano.
Alexander von Bach foi o Ministro do Interior durante o reinado de Franz Joseph e teve um papel crucial na melhoria da economia da Áustria. No entanto, a série apresenta um motivo equivocado pelo qual ele teria deixado o conselho imperial.
Isso ocorre, pois, na segunda temporada, Alexander mantém um relacionamento secreto com a Condessa Apafi, embora desgostasse de esconder a relação e desejasse se casar com ela. No entanto, ele desconhecia que ela era uma impostora.
Ao descobrir que a Condessa estava mentindo, Alexander termina o relacionamento e a expulsa. Contudo, ao descobrir que ela estava grávida de seu filho, abandona seu cargo e vai atrás dela. Na realidade, Alexander von Bach deixou o Ministério devido aos graves impactos da Segunda Guerra de Independência Italiana sobre a Áustria, segundo o site Screen Rant.
A relação entre a Arquiduquesa Sophie e Elisabeth foi marcada por tensões, especialmente à medida que Sissi conquistava mais influência sobre Franz Joseph. Desde o início, Sophie desprezava Elisabeth por sua liberdade e achava-a inadequada para o papel de imperatriz.
Na série, Sophie leva a filha de Elisabeth logo após o nascimento. Os relatos históricos indicam que a arquiduquesa tomou o controle sobre o cuidado da filha de Sissi, mas isso ocorreu de maneira mais gradual e não logo após o nascimento, como sugerido na trama.