Glynn Simmons, que tem hoje 70 anos de idade, chegou a ser condenado à pena de morte antes que a sentença fosse alterada para prisão perpétua
Aos 71 anos de idade, Glynn Simmons teve seu nome finalmente absolvido após quase meio século de uma condenação injusta. Na terça-feira, a juíza distrital do condado de Oklahoma, Amy Palumbo, considerou que "o crime pelo qual o Sr. Simmons foi condenado, sentenciado e preso (...) não foi cometido pelo Sr. Simmons".
Preso em dezembro de 1974 pelo assassinato de Carolyn Sue Rogers, que foi baleada na cabeça em uma loja de bebidas na cidade de Edmond, o homem passou 48 anos, um mês e 18 dias na prisão.
Durante uma coletiva de imprensa na terça-feira, Simmons expressou sua gratidão pela decisão, referindo-se a ela como uma "lição de resiliência e tenacidade", de acordo com o portal People.
Originalmente condenado à pena de morte, juntamente com Don Roberts, pelo assassinato de Rogers, a sentença de Simmons foi posteriormente alterada para prisão perpétua sem liberdade condicional em 1977, conforme indicado no Registro Nacional de Exonerações. Na época da condenação injusta, Simmons tinha apenas 22 anos.
Em julho deste ano, a juíza Palumbo determinou que o julgamento e a sentença de Simmons seriam "anulados", ordenando um novo julgamento.
A promotora distrital do condado de Oklahoma, Vicki Zemp Behenna, reconheceu que Simmons não recebeu um julgamento justo, pois nem todos os materiais disponíveis foram compartilhados com sua equipe de defesa durante o caso original.
Hoje aos 70 anos, Simmons planeja dedicar seu tempo restante para ajudar outras pessoas que ainda estão presas injustamente, e destaca a necessidade de reformas no sistema penal para evitar que tragédias semelhantes ocorram. O advogado dele, Joe Norwood, informou ao Times que Simmons poderia receber até US$ 175.000 em compensação pelo tempo passado atrás das grades, após a decisão de terça-feira.