Cientistas propuseram uma nova teoria sobre a extinção dos mamutes a partir da análise de amostras de tecido encontradas no nordeste da Sibéria
Cientistas propuseram uma nova teoria sobre a extinção dos mamutes, sugerindo que alergias comuns, como a "febre do feno", podem ter contribuído para o desaparecimento da espécie. De acordo com o jornal inglês The Sun, a pesquisa indica que essas alergias prejudicaram a capacidade de reprodução dos animais, levando à sua extinção.
O estudo, publicado na revista Earth History and Biodiversity, analisou restos mortais de quatro mamutes, nos quais foi encontrado pólen de plantas, sugerindo que os animais sofriam de alergias.
Os pesquisadores acreditam que a reação alérgica ao pólen, conhecida como "febre do feno", pode ter afetado os mamutes durante a época de reprodução, dificultando a busca por parceiros e resultando em uma queda prolongada nas taxas de natalidade, levando à extinção da espécie há cerca de 4 mil anos.
Uma nova hipótese e mecanismo para a extinção dos mamutes é proposta com base na diminuição da probabilidade de acasalamento devido a alergias e diminuição da sensibilidade a odores", escreveram os cientistas, segundo o The Sun.
Foram examinadas amostras de tecido de quatro mamutes extintos encontrados no nordeste da Sibéria. Essas amostras foram analisadas com uma nova tecnologia para identificar imunoglobulinas — substâncias produzidas pelo sistema imunológico em resposta a alérgenos.
O pesquisador Gleb Zilberstein, cofundador da empresa Spectrophon e primeiro autor do estudo, disse ao The Telegraph que esta foi a primeira análise "em que fragmentos de imunoglobulinas foram encontrados em restos mortais com dezenas de milhares de anos".
"Encontramos evidências de alergias em amostras de mamutes, que podem ter sido extintos por desenvolverem alergias ao pólen durante a época de reprodução, o que os impediu de se encontrarem para se reproduzir", acrescentou.