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Notícias / Estados Unidos

Após 27 anos no corredor da morte, mulher tem pena anulada por erro

Após 27 anos no corredor da morte no Texas (EUA), Brittany Holberg foi informada que não enfrentaria mais a pena capital devido a um erro processual

Redação Publicado em 24/03/2025, às 15h30

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Brittany Holberg em 1996 e em retrato atual - Divulgação/Texas Department of Criminal Justice
Brittany Holberg em 1996 e em retrato atual - Divulgação/Texas Department of Criminal Justice

Após 27 anos no corredor da morte em Amarillo, no Texas (EUA), Brittany Holberg foi informada de que não enfrentaria mais a pena capital, devido a um grave erro processual. A falha ocorreu quando a promotoria, no julgamento original, omitiu informações cruciais que poderiam ter influenciado a condenação.

Segundo o site The Independent, em 1996, aos 23 anos, Brittany estava sob o efeito de drogas quando se envolveu em um acidente de carro e pediu ajuda a A.B. Towery, um homem de 80 anos.

Ao perceber que havia um cachimbo de crack no veículo, Towery passou a xingá-la, iniciando uma discussão acalorada que terminou com o idoso morto, atingido por uma lâmpada no pescoço. Brittany alegou que agiu em legítima defesa.

O caso sofreu uma reviravolta quando a mulher, já presa, teria confessado a uma companheira de cela, Vickie Kirkpatrick, que matou o homem "para conseguir dinheiro" e disse que "faria tudo de novo por mais drogas". Vickie levou essa informação à justiça, o que resultou na condenação de Brittany à morte.

Informação omitida

No entanto, o que não foi revelado durante o julgamento é que Vickie era uma informante confidencial e paga do Departamento de Polícia de Amarillo. A promotoria havia apresentando Vickie como uma "testemunha desinteressada, que apenas queria fazer a coisa certa", sem mencionar sua relação com a polícia, o que comprometeu a credibilidade de seu depoimento e afetou o julgamento.

Conforme conta o The Independent, ela havia colaborado com a polícia em dezenas de investigações e recebido pagamentos por suas informações. A omissão dessa informação levou à revisão do caso, que culminou com a reversão da sentença de morte.

O Tribunal de Apelações agora está reexaminando a condenação de Brittany por assassinato, com a possibilidade de anulação da acusação e sua libertação. Em um comunicado, a Justiça norte-americana afirmou que a narrativa omitida "aumenta a credibilidade de Kirkpatrick: ou seu depoimento no julgamento foi fornecido pelo Estado, ou sua retratação foi uma mentira".

"Paramos apenas para reconhecer que 27 anos no corredor da morte são uma realidade que ofusca a luz que deve acompanhar os procedimentos onde uma vida está em jogo, um lembrete gritante de que a jurisprudência da pena de morte continua sendo um trabalho em andamento", afirmou o juiz do caso em nota.