A nova pesquisa, desenvolvida na Inglaterra, indica que os hominídeos mais modernos, semelhantes aos Homo sapiens, passavam bastante tempo subindo em troncos
Um novo estudo, realizado na Universidade de Kent, na Inglaterra, sugere que alguns dos ancestrais mais próximos dos Homo sapiens passavam muito tempo em árvores. Para a pesquisa, os fósseis de dois hominídeos antigos extintos foram analisados.
Inicialmente, os especialistas buscavam outras pistas sobre a evolução humana. Entretanto, os cientistas descobriram que uma determinada espécie de hominídeos voltou a escalar árvores, mesmo caminhando sobre duas pernas.
Durante a pesquisa, foram analisados ossos das pernas de uma espécie mais velha, o Australopithecus africanus, que viveu há 2,8 milhões de anos, e uma mais nova, que pode ser o Paranthropus robustus ou o Homo inicial.
A partir dos fósseis, foi possível perceber que ambos os indivíduos caminhavam sobre duas pernas, mas o mais jovem apresentava uma maior flexibilidade no quadril. De acordo com os cientistas, esta característica é comumente encontrada em espécies de macacos que vivem em árvores, como orangotangos e chimpanzés.
Para a surpresa dos cientistas, a nova descoberta indicou uma mudança na linha de tempo que conhecemos hoje. Enquanto o ancestral mais distante dos humanos caminhava exclusivamente no chão, o mais próximo, descendente do primeiro, provavelmente revisitou o costume primata de se pendurar em árvores.