Interprete do lendário Michael Corleone, Al Pacino disse que só soube do boato recentemente: 'Foi assustador descobrir isso agora'
Em seu novo livro de memórias, intitulado 'Sonny Boy', o ator Al Pacino falou a respeito de um rumor sobre sua carreira que circula por Hollywood desde a década de 1970.
Na obra, Pacino comentou sobre seu relacionamento com a organização por trás do Oscar — que foi rompida quando ele teria 'esnobado' o evento após ser indicado, em 1973, por sua participação em 'O Poderoso Chefão' (1972), de Francis Ford Coppola.
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Conforme recorda o The Independent, durante décadas, os burburinhos que rondavam os bastidores de Hollywood apontavam que Al Pacino não teria comparecido à cerimônia como uma forma de protesto por ter sido indicado ao prêmio de Melhor Ator Coadjuvante.
Segundo o rumor, o ator, que deu vida ao lendário Michael Corleone, acreditava que deveria ter sido indicado na categoria de Melhor Ator ao lado de Marlon Brando. Mas em seu livro de memórias, ele desmente a questão, revelando que não compareceu à cerimônia porque estava "com medo".
"Só recentemente descobri que a percepção na indústria era de que eu esnobei o Oscar — que não compareci à cerimônia porque fui indicado para O Poderoso Chefão como Ator Coadjuvante e não como protagonista. Que de alguma forma me senti menosprezado porque pensei que merecia ser indicado na mesma categoria que Marlon", escreveu no livro.
Você consegue imaginar que esse foi um boato que explodiu na época, e eu só descobri recentemente, todos esses anos depois? Isso explica muito da distância que senti quando vim para Hollywood para visitar e trabalhar. Foi assustador aprender isso agora, tendo perdido todas essas oportunidades de negar, sem nem saber que era isso que as pessoas pensavam de mim", completou.
Apesar dos boatos, Al Pacino continuou sendo nomeado ao Oscar por trabalhos como 'Serpico' (1973), 'O Poderoso Chefão Parte II' (1974), 'Justiça para Todos' (1979), 'Dick Tracy' (1990), 'O Sucesso a Qualquer Preço' (1992), 'Perfume de Mulher' (1992) — pelo qual ele ganhou — e 'O Irlandês' (2019).
No entanto, Al Pacino acha que 'Scarface' (1983) deveria estar nessa lista. Ao promover o livro de memórias no programa Today, o ator, que interpretou Tony Montana no filme de Brian De Palma, disse: "Eu gostaria de ter sido indicado por esse".