A bandeira branca nem sempre significa rendição, mas às vezes apenas trégua. Regulada pelas Convenções de Genebra de 1899 e 1907, ela indica que o portador está desarmado e quer negociar. Usá-la falsamente, para atrair as tropas inimigas para uma emboscada, é considerado crime de guerra.
A ideia da bandeira branca surgiu no século 1, no Império Romano. Antes disso, os soldados levantavam seus escudos sobre a cabeça para indicar a rendição. De Roma, seu uso passou para o resto do mundo. Durante a Idade Média, a cor branca indicava que alguém não fazia parte do combate. Mensageiros andavam de branco e prisioneiros de guerra usavam papéis ou outra marca branca para indicar que estavam neutralizados. Em 1502, seu uso havia chegado à Índia: o príncipe de Calicute usou de uma bandeira branca para se render ao navegador Vasco da Gama.
Às vezes, porém, a bandeira pode dizer exatamente o oposto. A Dinastia Omíada (661-750), sucessora de Maomé, adotou a bandeira branca como seu símbolo e a levou em batalhas. Isso é tão significativo que o branco, junto com o verde e o vermelho, tornou-se parte do tricolor do Nacionalismo Árabe. O Taliban chegou a usá-
la nos anos 1990. No Ocidente, a França do Antigo Regime usava também o branco, às vezes com flores-de-
lis estampadas por cima.