Quem perdia, era sacrificado
Texto Fabio Marton / Ilustração Hafaell Publicado em 13/08/2017, às 13h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h35
HISTÓRIA ILUSTRADA
O nome era ollamaliztli em nahuatl (asteca) ou pitz em maia. Mas a ideia havia surgido muito tempo antes desses povos, por volta de 1400 a.C. na civilização olmeca, a primeira a construir grandes cidades no México – que incluíam colossais quadras de bola.
Assim, os mesoamericanos jogaram bola por quase 3 mil anos, até a conquista espanhola – ou bem mais, se você considerar o ulama, jogo praticado ainda hoje na região de Sinaloa, que usa os quadris para jogar a bola de um lado a outro.
Entre os maias, que fizeram a maior quadra conhecida em Chichen Itza, os jogos eram revestidos de profundo significado religioso, relacionados ao mito dos Gêmeos Heróis, que teriam desafiado os senhores de Xibalba, o submundo, para uma partida. Os astecas também viam no jogo um sentido cósmico, a batalha do Sol contra a noite. Mas eles tinham uma atitude bem mais casual: a maioria dos jogos era feita por diversão, com ninguém saindo morto (salvo acidente). Os nobres eram os profissionais, mas plebeus batiam uma pelada em campos improvisados. Havia até banca de apostas.
Mostramos aqui a presumida versão asteca numa quadra inclinada – havia inúmeros tamanhos e variações, com a quadra maia em Chichen Itza com paredes verticais e o anel a impossíveis 6 metros de altura. “Presumida” porque as regras não são conhecidas em detalhes.
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