Os métodos antigos para tratamentos cranianos chamam atenção da neurociência até os dias atuais
De tempos a tempos, durante investigações ou campanhas arqueológicas aparecem evidências que sugerem que os seres humanos pré-históricos realizavam operações ao crânio. Este procedimento é conhecido como trepanação ou trepanação craniana. Essas operações eram realizadas desde há milhares de anos e são consideradas uma das primeiras formas de cirurgia conhecidas.
A trepanação envolve a remoção cirúrgica de uma parte do crânio, geralmente através de uma perfuração circular, deixando exposto o tecido cerebral subjacente. Essa prática foi observada em várias culturas antigas em diferentes partes do mundo.
As razões que estão por detrás destas trepanações variavam de cultura para cultura. Em alguns casos, acredita-se que a trepanação tinha uma função religiosa ou ritual, associada a práticas mágicas ou espirituais. Noutros casos, pode ter sido realizada como tratamento médico para aliviar dores de cabeça, lesões cerebrais, epilepsia ou até mesmo para tratar feridas de batalhas ou acidentes.
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As ferramentas utilizadas nas trepanações pré-históricas incluíam ossos afiados, lascas de pedra ou conchas. Apesar de parecer uma prática muito arriscada, há evidências de sobreviventes de trepanações, indicando que muitas pessoas sobreviveram ao procedimento.
Embora a trepanação tenha sido realizada na pré-história, não se sabe exatamente como essas operações eram realizadas ou quais eram os conhecimentos médicos e anatômicos disponíveis na época. No entanto, a existência de crânios trepanados e evidências de cicatrização óssea indicam que essa prática era conhecida e realizada pelos seres humanos pré-históricos.
Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Pesquisador e especialista em Nutrigenética e genômica. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society.