Com mais da metade dos casos do país, a cidade é o epicentro da crise de coronavírus nos Estados Unidos
A pandemia do Covid-19 vem gerando diversos problemas em todo o mundo. Nos Estados Unidos, o surto atingiu Nova York em cheio. "Estamos a dez dias de termos uma escassez generalizada", disse o prefeito da cidade, Bill de Blasio, no último domindo, 22. “Se não conseguirmos mais respiradores, as pessoas vão morrer", continuou de Blasio.
O Estado americano de Nova York é epicentro da pandemia nos EUA, contabilizando mais da metade dos casos do país. Cerca de 5% dos casos de Covid-19 no mundo estão concentrados em Nova York. No último domingo, 22, o governador do Estado, Andrew Cuomo, disse que os testes realizados em mais de 15 mil pessoas apresentaram resultados positivos para o vírus. Um aumento de mais de 4 mil em relação ao dia anterior.
Na última sexta-feira, 20, o presidente dos EUA, Donald Trump, aprovou uma declaração de emergência nacional para Nova York, o que deu ao Estado acesso a bilhões de dólares de ajuda federal. No entanto, o prefeito da cidade diz não ser o suficiente: "Não posso ser mais direto: se o presidente não agir, pessoas que poderiam viver vão acabar morrendo", disse Bill de Blasio.
Em uma coletiva de imprensa realizada também no domingo, Trump disse que uma grande quantidade de suprimentos médicos seria enviada para diferentes cidades nos Estados Unidos. Porém, os médicos de Nova York têm denunciado a escassez de medicação e a falta de equipamento de proteção para trabalhadores na linha de frente do surto do vírus, e os alertas acontecem no país inteiro.
Além disso, um projeto de estímulo de emergência de quase 2 trilhões de dólares, que seriam destinados para cobrir o impacto econômico causado pelo vírus, não passou na votação no Senado dos EUA, no domingo, 22.
Ao redor do mundo
O cenário atual de coronavírus nos Estados Unidos apresenta 31,057 casos confirmados, com 390 mortes. No Brasil, o número de pessoas atingidas pelo vírus ultrapassou a marca de mil. Esses dados vão seguindo a curva de crescimento da pandemia muito parecida com a de países da Europa, como Itália, França e Espanha, onde milhares de pessoas que foram infectados pelo coronavírus já morreram.