A mulher originou o maior epicentro de coronavírus no país asiático e o segundo maior fora da China, revela agência
Segundo a agência de notícias Reuters, uma mulher na Coréia do Sul, contaminou 5 mil pessoas com coronavírus ao frequentar igreja. A informação foi obtida através de uma tecnologia de monitoramento, capaz de rastrear indivíduos infectados, por meio de celulares e satélites.
A mulher tem 61 anos de idade e é considerada responsável por originar na cidade de Daegu o maior epicentro de coronavírus da Coréia do Sul e o segundo maior fora da China. Não se sabe ao certo onde ela foi contaminada com a covid-19 - alguns dias antes de adoecer, a mulher esteve em locais públicos em Daegu e na capital, Seul.
Entre os dias 6 e 9 de fevereiro, ela foi vítima de um acidente de trânsito, precisando ser internada em uma clínica de medicina oriental, em Daegu. Estima-se que enquanto estava na clínica, saiu três vezes, sendo a primeira delas no dia 9, para ir à igreja.
A mulher começou a ter febre com certa constância no dia 15 de fevereiro e médicos solicitaram que ela passasse por um teste de covid-19. Se recusando a fazer o exame, decidiu almoçar com uma amiga em um hotel. No dia seguinte, foi à igreja mais uma vez.
No dia 17 de fevereiro, a doença se agravou. A mulher voltou ao hospital e fez um teste, que constatou que ela tinha de fato coronavírus. Ela era o 31º caso confirmado na Coréia do Sul.
Após o diagnóstico, o número de doentes cresceu e em dez dias eram 2 mil infectados pelo novo coronavírus no país asiático - a maioria da igreja Shincheonji, onde frequentou a paciente.
A estimativa é que até a ocasião, aproximadamente 60% dos casos do país tenham tido alguma relação com a mulher. No dia 18 de fevereiro, já eram 5016 infectados só no nucleo da igreja de Shincheonji, sendo 4363 só em Daegu, e os demais, em cidades vizinhas.
Até ontem, 6, foram infectadas mais de 10 mil pessoas e morreram 191, por coronavírus, na Coréia do Sul. Porém, a situação está sendo normalizada. Isso porque foram anunciados menos de cem novos casos por dia no último mês.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) até elogiou o país pelo combate à doença. A diminuição do número de novos infectados tem sido relacionada à um programa de testes em massa e rastreamento de contatos.