Segundo eles, seis passageiros doentes foram mantidos em uma caixa de metal e ordens eram dadas com megafone
O casal britânico Denise e Len McConkey pagou 11 mil libras para aproveitar vários dias de recreação no cruzeiro Grand Princess. Mas os planos das férias deram errado quando 21 passageiros contraíram coronavírus. O casal então teve que voar de volta ao Reino Unido, em um avião de carga sem janelas, descrito por eles como “verdadeiramente assustador”.
Isso pois as condições eram bem desagradáveis. Os atendentes de vôo vestiam trajes de proteção, enquanto serviam sanduíches e garrafas de água. O casal contou ao Jornal The Daily Mail inclusive que seis passageiros com o coronavírus tiveram de ser mantidos em uma caixa de metal no compartimento de carga.
Não foi possível ver dentro da caixa, segundo o casal. Mas dava para notar a presença de uma enorme porta de metal com uma maçaneta — algo parecido com um freezer. Quanto aos passageiros que estavam fora da caixa, esses obedeceram à comandos de luz dados pela tripulação.
Se uma luz azul surgisse significava que todos deveriam voltar aos assentos em casos de turbulência. Não houve nenhuma outra orientação de segurança convencional além dessa fora do comum.
Qualquer comunicado durante o voo, feito pela tripulação, também não foi nada normal: os membros usaram um megafone para dar as ordens. “ Fomos recebidos no avião por esses agentes federais, todos vestidos com roupas de proteção. Era como aquela cena no ET”, contou Denise.
Ainda segundo a mulher, que administra uma empresa de mini-táxi em Elton, sul de Londres, um agente teria a informado que o avião pertencia a um amigo do presidente Trump, que solicitou o favor de transportar os passageiros.
A Sra. McConkey disse ainda que a viagem foi bem tumultuada, pois os passageiros não sabiam onde seria feita a aterrissagem. Eles foram informados que o pouso seria feito em Londres, mas eles pousaram em Birmingham.“ Era como se fôssemos gado ou algo assim. Meu pai ficou tão assustado que não bebeu e nem comeu nada o tempo todo. Foram dez horas de voo e foi muito exaustivo”, afirmou Denise.