Alguns monumentos e locais históricos atraem milhares de turistas todos os anos — que nem sempre respeitam todas as regras locais
Publicado em 26/08/2024, às 19h00
Quando se viaja a outros países, geralmente as pessoas definem seus roteiros de viagem a partir de monumentos históricos e museus locais, onde facilmente podemos ver, em alguns casos, construções e obras de arte quase tão antigas, ou até mais, que o nosso próprio país. Não à toa, alguns locais atraem milhares de turistas todos os anos, como as ruas de Roma, antigo império romano, ou de Paris, na França, um importante berço artístico.
No entanto, uma queixa comum dos moradores de locais turísticos é que, muitas vezes, os visitantes não respeitam todas as regras; seja pela empolgação com a visita, por não entenderem regras, por diferenças culturais, ou até mesmo falta de noção da importância dos monumentos e dos locais.
Um exemplo claro, é que, no começo do ano, autoridades da cidade japonesa de Fujikawaguchiko anunciaram, no começo deste ano, que instalariam uma enorme barreira em uma área popular para fotografar o Monte Fuji, pois, o excesso de turistas implicava em grande quantidade de lixo deixado no local, além de eles ignorarem regras de trânsito.
Com isso em mente, confira 5 ocasiões em que turistas chamaram atenção internacionalmente por desrespeitarem locais históricos:
Em setembro de 2023, um turista alemão deu o que falar durante uma viagem à Florença, na Itália. Ele subiu na estátua de Netuno,peça central de uma fonte construída no século 16, e danificou parte da estátua que ali se encontra.
Além disso, ao sair da fonte, ainda quebrou outra parte, no casco do cavalo. Ao todo, os danos foram o equivalente à cerca de R$ 27 mil, e o turista alemão teve que pagar uma multa pelos danos.
Ainda na Itália, mas dessa vez em Roma, o glorioso Coliseu já foi alvo de vandalismos em mais de uma ocasião. Um episódio de destaque ocorreu em junho deste ano, quando um turista britânico usou uma chave para gravar, em uma parede da construção, a frase "Ivan + Hayley 23/6/23".
Outros dois casos semelhantes foram registrados: em julho, um estudante alemão de 17 anos e uma turista suíça da mesma idade foram avistados danificando o monumento histórico. Enquanto um rabiscava a parede do local, a outra gravou sua inicial no Coliseu.
Em janeiro de 2023, um turista polonês foi preso no México após ignorar uma proibição e subir em uma antiga pirâmide maia localizada na zona arqueológica de Chichen Itzá, no sul do México.
Na época, foram repercutidos vídeos que mostram o homem ameaçado por outras pessoas que estavam no local. O meliante, por sua vez, passou 12 horas detido, e foi liberado após pagar uma multa de 5 mil pesos mexicanos (pouco mais de R$ 1400 na cotação atual).
A pirâmide, no passado, serviu como templo do deus serpente Kukulkán (versão Maia do deus asteca Quetzalcóatl). O monumento foi construído entre os séculos 6 e 9 d.C., e é considerado um dos pontos turísticos mais famosos e visitados do México.
Se as pirâmides de Chichen Itzá são as mais famosas do México, as mais famosas do mundo são certamente as pirâmides de Gizé, no Egito. E, em julho de 2014, um turista americano foi detido no local após desrespeitá-lo, quando tirou uma fotografia com as nádegas de fora.
Além disso, aparentemente estava sob efeitos de alguma substância. Como consequência de suas ações, fora investigado por "atentar contra a moral pública".
Porém, acabou liberado em menos de 24 horas, depois que ele e uma acompanhante pagaram uma multa de 5 mil libras egípcias (cerca de R$ 560, na cotação atual) cada um.
+ Tour virtual: Veja como é a Grande Pirâmide por dentro
Em agosto do ano passado, dois turistas americanos deram o que falar após serem encontrados dormindo, no início de uma manhã, por seguranças que abriam a Torre Eiffel, na França, para visitação. A dupla passou a noite inteira no local, restrito ao público em horário comercial.
A promotoria de Paris avaliou, na época, que os turistas "teriam permanecido presos no local porque estavam alcoolizados". Felizmente, nenhum dano foi observado no local, e por isso qualquer multa por invasão de local histórico ou cultural foi descartada.
