Conhecido como um dos maiores pianistas de todos os tempos, o músico só teve a causa da morte revelada em 2017
Frédéric Chopin não apenas marcou a história da música mundial com suas composições instrumentais, como é considerado até os dias atuais como um dos maiores pianistas de todos os tempos, reverenciado mesmo morto há quase dois séculos.
Sua trajetória, mesmo que curta, foi capaz de deixar diversas obras para reverberar seu legado na música clássica.
Contudo, ao falecer com 39 anos de idade, em Paris, na França, não apenas deixou um legado marcante, como diversos mistérios sobre a causa da morte.
Contudo, os avanços científicos que ocorreram nos anos seguintes ao óbito do músico, em 1849, possibilitaram uma revisão meticulosa em um de seus restos mortais primordiais.
O coração, que há mais de 170 anos é conservado em um frasco com álcool na Igreja da Santa Cruz, em Varsóvia. No entanto, se engana quem acredita que o material genético foi coletado para uma análise minuciosa em algum aparato laboratorial.
Com uma equipe da Academia de Ciências da Polônia responsável pela pesquisa, o frasco onde o coração está armazenado não pôde ser aberto, visto que, uma vez em contato ambiente externo, se deterioraria com rapidez. Dessa forma, apenas os fatores externos do órgão foram avaliados, contando com um escaneamento cuidadoso.
Dada a inflamação apresentada pelo órgão, o estado do tecido que cobre o coração de Chopin mostrou uma curiosa inconsistência em relação aos corações saudáveis; uma pericardite, causa comum da tuberculose, teria impedido a circulação e bombeamento correto do sangue, apontando a doença causadora como responsável pela morte precoce.
Tal descoberta também descartou uma possibilidade antigamente estipulada de que o artista teria sucumbido devido a uma fibrose cística, como repercutiu a revista Veja em 2017.
Essa condição, também conhecida como Doença do Beijo Salgado ou Mucoviscidose, ocorre quando o muco produzido pelo organismo ocupa as vias aéreas, resultando em complicações respiratórias.