Após a brutal execução da família real russa, muitas teorias da conspiração ganharam espaço
Apesar do mistério ao redor da morte da filha de Nicolau II, o último czar da Rússia, ela não sobreviveu ao brutal massacre. Anastásia foi mesmo executada, aos 17 anos, pelos bolcheviques junto com o pai, a mãe, Alexandra, os irmãos Tatiana, Olga, Maria e Alexei e quatro empregados.
O massacre ocorreu em 17 de julho de 1918, um ano após a Revolução Russa. Desde a
deposição do czar, ele e a família estavam presos na Sibéria. Naquela madrugada, diante do temor de que opositores tramassem a volta dos Romanov ao poder, a guarda revolucionária fuzilou os herdeiros da dinastia que havia três séculos ocupava o trono russo.
Por décadas o governo russo escondeu as circunstâncias da morte e a localização dos corpos, o que acabou dando trela para as fantasias mais variadas sobre Anastásia ter sobrevivido às execuções. A mais famosa impostora, uma mulher encontrada num hospício em Berlim, em 1920, dizia ser Anna Tchaikovsky e que fora resgatada por um soldado russo de origem polonesa, que se casara com ela e lhe dera o sobrenome.
Em 1925, Olga Alexandrovna, tia de Anastásia, visitou a jovem em Berlim (que na
época já adotara o sobrenome Anderson) e afirmou que ela não era sua sobrinha. No mesmo ano, uma investigação patrocinada por outros membros da família Romanov chegou a conclusão de que a doida era mesmo Franziska Schanzkowska, uma polonesa que trabalhava numa fábrica na Alemanha e que havia sumido do emprego dois meses antes de “Anna” aparecer com sua história.
Fazia muito mais sentido, já que ela não falava uma palavra em russo, mas tinha o sotaque polonês típico da região da Pomerânia, de onde Franziska havia migrado. Em
1938, ela iniciou um processo na Alemanha pedindo para ser aceita como Anastásia, o que faria dela herdeira da fortuna Romanov.
O caso se arrastou até 1970, quando a justiça determinou que ela não podia provar ser quem dizia que era. Anna mudou para os Estados Unidos, onde morreu em 1984. Em 1991, os corpos da família real russa, encontrados em 1979, foram exumados.
Testes com o DNA mitocondrial comprovaram se tratar da família Romanov. E comparações com o DNA de Anna Anderson provaram que ela não era um deles. O exame foi repetido com parentes de Franziska Schanzkowska, e bingo: combinou.
O último mistério sobre a morte dos Romanov era a ausência de dois dos corpos na cova encontrada em 1979. O médico Serguei Abramov, que liderou a equipe de pesquisa concluiu, no entanto, que os desaparecidos eram Alexei e Maria. Em 1998, Anastásia, Nicolau, Alexandra, Tatiana e Olga receberam enterro de honra na catedral de São Paulo e São Pedro, em São Petersburgo.
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