Durante a Segunda Guerra, Leon Weckstein fez o impossível
Foram 199 anos para ser concluída, entre 1173 e 1372. O problema já estava tão claro na Idade Média que os andares superiores são irregulares para compensar pela inclinação, que chegou a 5,5 graus em 2001, mas retornou a mais confortáveis 3,99 graus com a última obra de establização.
O fato de ela nunca ter caído parece um milagre não só pela inclinação, mas pela região onde está, sobre falhas tectônicas. Desde sua construção, ela passou por pelo menos 4 terremotos severos, o primeiro em 1280, e eles levaram ao chão obras aparentemente muito mais sólidas. Contudo, durante a Segunda Guerra a torre passou por um evento curioso.
Alvo
Em julho de 1944, após conquistarem Roma, soldados aliados avançavam para a cidade de Pisa quando se depararam com um impasse. A artilharia alemã, armada com foguetes Nebelwerfer, trucidava soldados com rara precisão.
Os oficiais concluíram que os alemães deviam ter um posto de observação, e o suspeito número um era nada menos que a Torre de Pisa.
O sargento Leon Weckstein foi enviado com um rádio para encomendar um ataque de artilharia que a reduziria a escombros. Quando o californiano, que nunca tinha ouvido falar na torre, a viu com seu telescópio, se encantou pela construção.
Minutos se passaram, com a equipe de ataque pronta, sem resposta - mesmo após os alemães começarem a atirar no sargento, a partir de outros pontos, e ele ser forçado a bater em retirada.
Nenhuma fonte alemã confirmou se havia ou não soldados na torre. O sargento não conseguiu ver nada. Mas seu silêncio salvou o campanário, concluído em 1350 e que começou a entortar já durante a construção, iniciada em 1173.
Em 2000, Weckstein afirmou ao jornal The Guardian: "Depois de 50 anos para pensar no assunto, tenho certeza que havia alemães lá".