Dentes explosivos, ingestão de lesmas e pombos no ânus: os relatos bizarros da história da medicina
Ao longo da História cada vez mais a medicina tem se reinventado e os avanços científicos proporcionaram grandes descobertas para o tratamento de doenças. No entanto, já pensou em viver em um período histórico onde o sistema de saúde era precário e alguns métodos bem contraditórios? Ou já pensou possuir alguma doença extremamente inusitada?
Então confira abaixo 5 casos bizarros ocorridos na medicina, com informações do History Extra.
Em Londres, no ano de 1859, Sarah Ann com apenas 12 anos se queixou de fortes dores no estômago após ingerir alfaces de seu jardim. Conforme as dores foram aumentando, a garota vomitou sete lesmas vivas.
Preocupados com a saúde de Sarah, seus pais a levaram ao hospital, onde o médico concluiu que a garota ingeriu, sem querer, uma família de lesmas que cresceu em seu organismo.
No entanto, anos mais tarde médicos tentaram reproduzir o caso, e descobriram que lesmas não sobrevivem a acidez estomacal, portanto, concluíram que o diagnóstico poderia estar errado e a verdadeira causa da doença nunca foi descoberta.
Karl Friedrich Constatt foi um médico alemão especialista em doenças infantis, que ficou famoso durante o século 19. Segundo Canstatt, para tratar convulsões de crianças bastava segurar a perna de um pombo dentro do ânus do paciente, desta forma o animal morreria na mesma rapidez que o ataque iria passar.
Em 1850, o diretor do Hospital Infantil de São Petersburgo, JF Weisse aderiu ao método, após remédios não funcionarem no tratamento de um garoto. Naquela ocasião o médico providenciou uma pomba, que foi introduzida no ânus da criança. Após a ave vomitar e morrer sufocada, o paciente se recuperou e logo o episódio se espalhou por toda a Europa, sendo alvo de piadas.
Claude Martin foi um grande soldado francês que atuou na Companhia Britânica das Índias Orientais. Em 1782, passou a sentir fortes dores, devido a um cálculo alojado na bexiga. Com medo da cirurgia, o soldado optou por realizar o procedimento em si mesmo, sendo a primeira pessoa a se submeter a uma litotrícia.
Para eliminar o cálculo, Martin desenvolveu um instrumento que introduziu em sua própria uretra, com o intuito de atingir a bexiga e desta forma raspar as pedras. Por dia o soldado chegava a repetir este procedimento 12 vezes, mas ao final de seis meses, os cálculos haviam desaparecido.
Em 1799, o marinheiro John Cummings desembarcou no porto francês de Le Havre. Naquela mesma noite, após ingerir uma grande quantidade de álcool, ele estava convencido que conseguia engolir uma faca.
Já em 1805, repetiu novamente o ato, mas desta vez começou a sentir uma forte dor abdominal. Com o tempo, as dores se intensificaram o impedindo de se alimentar, até que em 1809 veio a falecer. Segundo a autópsia, mais de 30 facas foram encontradas em seu organismo, sendo que uma delas perfurou seu cólon.
Entre o século 18 e 19, um religioso da Pensilvânia, conhecido como reverendo D.A., começou a sentir fortes dores de dente, que o tornaram cada vez mais agressivo. Pouco tempo depois, escutou um estrondo agudo e imediatamente um alívio em sua dor. Segundo os médicos, seus dentes haviam se rompido em pedaços.
Logo outros casos surgiram e os especialistas levantaram diversas teorias, entre elas sobre as mudanças bruscas de temperatura, atreladas aos primeiros produtos químicos utilizados para o tratamento de cáries. No entanto, nenhuma teoria comprovou o ocorrido, que segue um mistério até os dias atuais.