Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História

O que significam as mais importantes saudações japonesas?

Tradicionais desde o século 8, os cumprimentos são usados de acordo com a ocasião. Conheça os cinco principais

Paulo Cunha Publicado em 01/05/2008, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Aventuras na História - Arquivo Aventuras
Aventuras na História - Arquivo Aventuras

Abaixar o corpo é a forma de cumprimento mais tradicional do Japão desde o século 8. Pode parecer simples, mas o ato de curvar-se em reverência, chamado de ojigi, é cheio de significados. Dependendo de como é feito, pode apontar o grau de importância tanto de quem é cumprimentado quanto de quem cumprimenta. Também é necessário trocar palavras apropriadas durante a saudação, e por isso não é raro que dois japoneses, ao se encontrar, façam cinco ou seis reverências enquanto conversam. Essa demonstração de respeito é tão importante que os nipônicos se curvam mesmo quando falam ao telefone.

Existem vários tipos de saudação, que variam conforme o contexto. Mas, para todas elas, alguns gestos são constantes: deve-se dobrar o corpo a partir da cintura, cuidando para manter a cabeça reta. A mulher coloca as mãos juntas, com as palmas sobre as coxas, enquanto o homem mantém os braços ao longo do corpo. E o olhar acompanha a curvatura. Para os japoneses, encarar outra pessoa diretamente é uma séria agressão à intimidade alheia.

Como boa parte da etiqueta japonesa, esse tipo de saudação tem origem nos ensinamentos do pensador chinês Confúcio (551 a.C.-479 a.C.). Chegou ao Japão no século 4 da nossa era, mas só ganhou força 400 anos depois, já no século 8, quando a cultura chinesa começou a influenciar fortemente o país. Fiéis à tradição e à hierarquia, os japoneses resistiram muito antes de aceitar o jeito ocidental de cumprimentar. A maior dificuldade é entender o jeito como outras culturas saúdam pessoas do sexo oposto. A razão disso é histórica: durante o sistema feudal, homens e mulheres não podiam trocar cumprimentos de forma amistosa, e dar as mãos era impensável. Atualmente, as executivas japonesas lidam com clientes orientais e ocidentais, e dar as mãos está se tornando uma prática habitual e aceitável. No entanto, o beijo ainda é um grande tabu, mesmo para os mais jovens. Até quando é dado no rosto, ele ainda tem alto apelo sexual. Não é por acaso que a tradução literal do verbo “beijar” para o japonês é “sugar os lábios”.

Keirei

Esta é a saudação padrão, usada para cumprimentar os amigos e familiares. Ao se encontrar ou se despedir, as pessoas sempre inclinam o tronco em 45 graus.

Kirei

Muito utilizada no passado, caiu em desuso nas últimas décadas. A saudação, adotada tanto em ambientes internos quanto na rua, era realizada a partir de uma postura chamada kiza, em que a pessoa fica de joelhos.

Eshaku

Tem inclinação de 15 graus e é praticada o tempo todo. Não é uma demonstração de respeito ou afeição, mas apenas de cordialidade. Serve, por exemplo, para agradecer ao sair de um restaurante.

Saikeirei

Feita como prova de respeito à hierarquia, exige uma inclinação de 75 graus. Até o fim da Segunda Guerra Mundial, era utilizada para louvar o imperador. Fazia-se a reverência até para quadros com imagens do monarca.

Dogeza

Reverência muito usada no Japão feudal. Quando encontrava o senhorio, o homem comum tinha que se ajoelhar e fazer uma saudação profunda, tocando a testa no chão. Hoje em dia, só é utilizada para pedir perdão por uma falta grave.

Beijo e narigada

Outras formas de dizer "oi"

SELINHO

Quando se encontram, dois amigos russos homens se abraçam com força. Depois, se beijam nas bochechas. Em alguns casos, o beijo na boca, de leve, é aceitável. Gregos e turcos também têm esse hábito.

NARIZ COM NARIZ

Para se cumprimentar, os esquimós tocam-se uns nos outros com a pontinha do nariz. Já os maoris, da Nova Zelândia, são mais violentos: as pessoas apertam os rostos com força, nariz contra nariz.

MÃOS AO AR

Nos países islâmicos do Oriente Médio, as pessoas costumam fazer gestos bem específicos quando se encontram: primeiro tocam o coração, depois a testa e, por último, fazem um meneio no ar, para cima da cabeça.